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01/01/2011
Ato em São Paulo reúne mais de duas centenas de lideranças com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben
Ato de solidariedade à Palestina reuniu lideranças partidárias e dos movimentos sociais no Sindicato dos Engenheiros de SP
Mais de duas centenas de lideranças partidárias, de centrais sindicais e movimentos populares realizaram um ato na segunda à noite, em São Paulo, em defesa do reconhecimento pela ONU do Estado palestino, uma questão de soberania e justiça, como defendeu o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben.
Aqui vejo todo o Brasil, a América Latina e a Humanidade. Os povos do mundo estão personificados em vocês. Esta imagem de amor e solidariedade levaremos para sempre na nossa memória coletiva, agradeceu o embaixador. Al Zeben conclamou todos à mobilização para o dia 20 de setembro, data em que a Autoridade Nacional Palestina dará entrada na ONU com o pedido de reconhecimento.
Citando a existência na Palestina de uma árvore de oliveira com seis mil anos, o embaixador disse que esta era uma característica de seu povo, que sobreviveu a 57 invasões durante milhares de anos. Ergueram muros, colônias e assentamentos ilegais, mas nós sobrevivemos. Não desaparecemos porque temos raízes profundas como as nossas oliveiras, acrescentou, sob aplausos.
Representando a executiva nacional da CUT, o comerciário Valeir Erle lembrou que no mês de maio o secretário de Relações Internacionais da Central, professor João Felício, esteve em Ramalah em visita de solidariedade ao lado da Confederação Sindical Internacional (CSI) e pode presenciar os crimes da ocupação israelense, com mais de 700 quilômetros de muro de segregação e vergonha, milhares de presos políticos e abusos de toda ordem contra uma população indefesa.
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, e Valeir Erle, da executiva nacional da CUT, durante coletiva à imprensaA CUT tem como princípio e compromisso o respeito à soberania e à auto-determinação dos povos. Por isso estamos aqui, unidos e mobilizados em defesa do reconhecimento da Palestina como nação livre. Não vamos permitir que os palestinos continuem sendo massacrados sistematicamente pela força bruta, declarou Valeir.
Agências Desinformativas
O deputado estadual Adriano Diogo (PT) enfatizou que assim como as agências desinformativas internacionais se alinham em defesa do governo de Israel, prestam serviço aos interesses da Inglaterra, França e Itália em seu espetáculo de barbárie para saquear o patrimônio da Líbia, com seu consórcio de forças mercenárias e assassinas. No chamado conflito árabe-israelense, advertiu o parlamentar petista, o único povo vitimizado é o palestino.
O deputado federal do PSB do Rio Grande do Sul e ex-prefeito de Cachoeirinha, José Stédile, lembrou emocionado da visita que fez ao Iraque antes da criminosa agressão dos EUA, do desenvolvimento e das potencialidades do país que voaram pelos ares, pois desde sempre era o petróleo que estava em jogo.
Em nome do Partido Pátria Livre (PPL), Nathaniel Braia lembrou que é hora de responder positivamente à direção da luta de libertação nacional do povo palestino, que vem conclamando todos os povos e todos os governos do mundo a entrarem com firmeza na disputa para fazer da ONU uma casa onde se discuta e apóie os passos da Humanidade rumo a uma nova ordem internacional. Braia denunciou que os EUA tem buscado vergonhosamente submeter a ONU para arregimentar apoio aos seus crimes em busca de pilhagem das riquezas dos demais povos, que bravamente resistem, como nas ruas de Tripolí.
Dirigente do MST, Marcelo Buseto resgatou a trajetória de solidariedade dos Sem Terra com a causa palestina, lembrando que um dirigente do Movimento esteve durante 20 dias em Ramalah, enfrentando o cerco e as bombas israelenses ao lado do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat. Hoje estamos num momento decisivo para pôr fim à tirania e às torturas praticadas por Israel, frisou.
É uma afronta à consciência da Humanidade a marginalização e as atrocidades a que vem sendo submetido, por décadas, o povo palestino, acrescentou o vereador da capital, Jamil Murad (PCdoB).
De acordo com Ana Maria Rofrigues, da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) e da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), que reúne entidades femininas de mais de 120 países, o 20 de setembro será um marco de luta e consciência em defesa da paz, da justiça e do Estado palestino.
Carlos Rogério Nunes, da CTB, defendeu a mais ampla mobilização em favor da liberdade e da autonomia do povo palestino, que vem sendo submetido a uma tirania.
Delegação de Solidariedade
Presidente do Cebrapaz, Socorro Gomes informou que o Conselho Mundial da Paz e a Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD) estão organizando uma delegação de solidariedade à Palestina entre os dias 18 e 22 de setembro e reafirmou o compromisso de lutar por justiça, pelo fim da ocupação israelense, que tem se revelado um crime contra a Humanidade. Socorro também alertou para o papel perverso da grande mídia, que trata o povo agredido como se fosse o criminoso.
Entre outras entidades, integraram a mesa lideranças da União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e União Estadual dos Estudantes (UEE).
Ao final do evento foi lançado o site www.palestinaja.org
Fonte: CUT Nacional / Leonardo Severo
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