CONTRACS > ARTIGOS > SEM DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO, NÃO HÁ LIBERDADE
04/05/2017
Esta semana, comemora-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e o Dia Nacional das Comunicações. Acabamos de sair de uma Greve Geral, que pouco ou quase nada foi noticiada pela grande imprensa, que continua apoiando os ataques à classe trabalhadora promovido pelo Governo ilegítimo de Michel Temer e criminalizando os movimentos sindicais e sociais. Temos, portanto, pouco a comemorar.
Mas não devemos apenas lamentar. Precisamos insistir, pressionar e acima de tudo comunicar. Sem a democratização dos meios de comunicação, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) defende juntamente com outras entidades, não há liberdade e dificilmente teremos espaço e vez na mídia. Mas podemos avançar juntamente.
No último dia 28 de abril, a hashtag Brasil em Greve (#BrasilEmGreve) foi tendência mundial em menções com mais de um milhão de menções no Twitter – volume superior aos protestos em favor do impeachment em 2015 e 2016. Os termos mais relacionados aos protestos foram as reformas trabalhistas e previdenciária e a perda de direitos.
Esta é a primeira ação de comunicação bem sucedida nas redes, nos últimos anos. De acordo com a análise da FGV-DAPP – Diretoria de Análises de Políticas Públicas, este cenário inaugura um novo momento na disputa política contra o governo Temer e, por isso, precisamos potencializá-lo. Desta vez, vencemos a guerra na comunicação ao relacionar as propostas das reformas com a perda de direitos e, por isso, precisamos manter o foco e a pressão contra estas medidas precarizantes.
Afinal, se ainda não podemos contar com uma mídia democrática que dê ampla voz e espaço aos diversos segmentos da sociedade, precisamos contar com as táticas da comunicação em rede para furar bolhas, informar as pessoas e conscientizar sobre os ataques que estão ocorrendo sistematicamente.
Maria do Rosário Assunção, secretária de comunicação da Contracs
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