quinta-feira, outubro 10, 2024

Contracs reúne dirigentes de todo o País para discutir estratégias de luta pelos direitos dos/as trabalhadores/as

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Principal tarefa é organizar sindicatos e levar o discurso CUTista até a base, alertou presidente da CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) deu início nesta quarta-feira (2) ao 2º Encontro Nacional dos Comerciários.

O objetivo do encontro é analisar a conjuntura do setor – e a nacional também – e, na sequência, discutir estratégias para as negociações coletivas das categorias cujas datas bases são entre setembro e novembro.

Os dirigentes dos setores de comércio e serviços de todo o país, que estão reunidos em Guarulhos, onde ficam até amanhã, vão discutir também  estratégias de luta que garantam os direitos das duas categorias. As principais lutas são pelo fim do banco de horas e do trabalho aos domingos e feriados, redução da jornada sem redução de salário, equiparação de direitos e trabalho decente.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reconheceu que os companheiros da Contracs têm uma difícil tarefa, uma vez que é muito mais complicado organizar e preparar para o embate com o capital um ramo que registra altos índices de crescimento e de geração de empregos mas é bastante pulverizado. “Bem diferente de uma fábrica onde numa única planta conseguimos reunir mais de 3 mil trabalhadores”.

Segundo o IBGE, o setor de serviços registrou crescimento nominal – que não desconta a inflação – de 8,6% em junho deste ano. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o crescimento ficou em 8,4%. Em 12 meses, a alta foi 8,9%. Já o setor de comércio, continua crescendo por conta do consumo das famílias que registrou alta pela 39ª vez consecutiva no segundo trimestre de 2013 (0,3% contra o trimestre anterior e 2,3% na comparação com igual trimestre de 2012).

Para Vagner, esses dados mostram que “o ramo é e será cada vez mais importante e precisamos nos organizar para que os nossos sindicatos tenham capilaridade para organizar os/as trabalhadores/as na luta por seus direitos. Nosso discurso organizacional precisa chegar  até as bases”.

As especificidades dessas categorias, que desafiam os dirigentes, também foram citadas pelo presidente da Contracs, Alci Matos Araújo. Segundo ele, a organização interna dos sindicatos filiados é uma das tarefas mais urgentes e necessárias. Alci ressaltou a importância dos encontros regionais que estão sendo realizados em todo o Brasil para preparar os dirigentes para as negociações coletivas, entre tantos outros.

O presidente da CUT fez questão de lembrar aos dirigentes dos sindicatos filiados a Contracs que eles pertencem a central sindical reconhecida como a mais combativa do mundo, segundo a ONU, que elegeu um operário presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) e a primeira mulher presidenta da República (Dilma Rousseff). Portanto, estão preparados para enfrentar todos os desafios, conquistar direitos para os trabalhadores e, ainda, contribuir decisivamente pela transformação social do país.

“Pautamos uma concepção sindical diferente de disputa por hegemonia, além de luta por emprego decente, salários dignos e benefícios, disputamos todos os espaços de decisão da sociedade. Juntos, somos forte, somos CUT”, concluiu Vagner.

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