sexta-feira, outubro 4, 2024

Contracs reúne sindicatos do estado de SP para oficina de comunicação

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Na última sexta-feira, dia 8, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT realizou a I Oficina Estadual de Comunicação na subsede em São Paulo. O encontro teve como objetivo debater o direito à comunicação e aliar os debates à conjuntural político-eleitoral.

O diretor da Contracs, Salvador Vicente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Uberlândia (SECUA), destacou a importância da comunicação para os sindicatos. Segundo ele, os sindicatos não costumam valorizar a secretaria e não valorizam. “Acho que o tema de hoje é pertinente porque já estamos em um processo eleitoral e a gente poder conhecer um pouco das dificuldades do que é a mídia. Do que nós, trabalhadores, temos que engolir aquilo que a mídia quer passar.”

O presidente da Contracs, Alci Matos Araujo, afirmou que os dirigentes e as entidades precisam arrumar a linguagem para esse período dos três meses de processo eleitoral. “Então, com toda a orientação da nossa Central Única dos Trabalhadores e toda a orientação da Contracs, esse momento vem nos fortalecer, aguçar esse debate para que a gente em uma oficina de comunicação avalie e analise o que a mídia de direita está fazendo. O que a gente pode estar fazendo para estar defendendo o projeto político da classe trabalhadora?”

O secretário de comunicação da Contracs, Alexandre Carmo, saudou todos os presentes e nominou todos os sindicatos que fizeram parte da oficina. Além disso, convocou a palestrante Adriana Magalhães, secretária de comunicação da CUT-SP para a mesa de debates.

Adriana Magalhães, da CUT-SP, destacou que percebe através da atividade da Contracs no investimento que a entidade tem feito no secretário de comunicação. A dirigente pontuou quais destaques a imprensa dá para os trabalhadores com exemplos recentes como uma matéria sobre o direito das trabalhadoras domésticas, que abordava madames criticando a PEC das Domésticas e o histórico da Revista Veja, que sempre mostrou a esquerda como uma ameaça desde 1989. “Os veículos de comunicação tem preferência e há disputa em todos os meios de comunicação.” destacou. Adriana anda ressaltou que “a eleição e a comunicação são importantes e nestes 12 anos de governo do PT, a mídia fez o papel de ser o panfletão da direita.”

A secretária de comunicação da CUT-SP destacou também que durante as manifestações de junho de 2013, a mídia se apropriou das manifestações e implementou algumas pautas da direito como a PEC 37, entre outras. Por último, Adriana destacou a importância de duas manifestações que devem ser apropriadas pelo movimento sindical que são o plebiscito popular da reforma política e o abaixo-assinado da democratização da comunicação, que pretende regulamentar a mídia e dar mais voz às mulheres, negros, jovens e à população em geral.

Ao tratar das redes sociais, Adriana Magalhães destacou que o Facebook é muito bom para dialogar com a classe trabalhadora e destacou que o Brasil é um dos países com mais usuários na rede social. “Para descontruir a imagem da Globo é preciso muita sabedoria, por isso queria destacar a importância e o uso do facebook de forma mais política.” Para a dirigente, os sindicalistas são atores políticos e sugeriu que os sindicalistas usem a rede como uma ferramenta política.

Na parte da tarde, o coordenador de mídias sociais da CUT Alex Capuano tratou um pouco mais sobre a importância da mídia e do uso racional das tecnologias. “O debate da mídia nunca foi tão bem feito no Brasil, por isso é preciso aliar a tecnologia à militância.”

Alex Capuano destacou dados da concentração da mídia no Brasil em que 80% de tudo que se vê, ouve ou lê é controlado por dez famílias. Além disso, o debatedor afirmou que 271 políticos são sócios ou diretores de 324 veículos de comunicação, ferindo a legislação brasileira que não permite que políticos sejam donos de meios de comunicação.

Em relação ao uso político das redes, Alex Capuano destacou o poder de difusão das informações e da facilidade de promover mobilizações. Neste sentido, Alex explicou um pouco de cada ferramenta disponível e sua utilidade de forma a garantir que as entidades presentes pudessem conhecer e fazer o uso adequado das redes sociais disponíveis.

Ao encerrar, o secretário de comunicação da Contracs, Alexandre Carmo, destacou a necessidade das entidades encamparem o abaixo-assinado pela democratização dos meios de comunicação e do plebiscito popular da constituinte, que são duas pautas atuais para o movimento sindical e que tocam nas pautas tratadas pelo encontro: mídia e eleições.

A Contracs promoverá outras oficinas de comunicação nas cinco regiões do País. A próxima acontece em Brasília dia 21 de agosto.

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