sábado, outubro 12, 2024

Sexta-feira 13 é sinônimo de luta pela defesa do direito dos trabalhadores e da reforma política

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100 mil pessoas se uniram em São Paulo para exigir reforma política e direitos trabalhistas.

A chuva forte não espantou integrantes dos movimentos sociais e das centrais sindicais que estavam na avenida Paulista, em São Paulo, na sexta-feira (13). A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) integrou a multidão que reuniu diversas categorias de trabalhadores, juventude e a sociedade civil em uma mobilização pelo dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Democracia, da Petrobras e pela Reforma Política.

“O cenário político atual mexe com o direito de todas as categorias de trabalhadores, por isso estamos aqui, para lutar para que a reforma política aconteça e para que a ampliação dos direitos possa de fato ser colocada em prática”, destacou o presidente da Contracs, Alci Matos, ao dizer que os movimentos sociais e sindicais não podem permitir retrocessos como os que tem ocorrido no sistema legislativo e judiciário.

A Petrobrás da avenida Paulista foi o ponto de partida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que manifestaram suas convicções durante a caminhada em baixo de chuva forte até a Praça da República, no centro. Com o mote “pode chover, pode molhar, ninguém segura a resistência popular”, os mais de 100 mil manifestantes segundo a organização, e apenas 12 mil segundo a Polícia Militar, não fugiram da luta e levantaram suas bandeiras pedindo melhores condições de trabalho, reforma política e que as mudanças do seguro desemprego e o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que trata da terceirização, fossem revistos.

Durante a manifestação era possível ver a pluralidade dos presentes que eram mulheres, homens, crianças, negros, brancos, indígenas, movimentos urbanos, população LGBT, camponeses, juventude, entre outros que ali estavam para defender suas ideologias e convicções sem se deixar abalar pela forte chuva que a todos atingia.

Participaram da manifestação Centrais Sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), movimentos da juventude como União Nacional dos Estudantes (UNE), militantes do Levante Popular da Juventude, membros da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), movimentos sociais como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Confederação Sindical Internacional (CSI) e entidades sindicais de todas as classes.

Para o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, a manifestação mostrou a capacidade de mobilização da classe trabalhadora. “Demos o recado de que o processo de terceiro turno precisa acabar para que a presidenta Dilma possa governar. Governar porém, ouvindo o povo e colocando em prática a agenda com a qual ganhou as eleições”. Vagner ressaltou ainda que é preciso ter a valorização da negociação em nosso país para que tenhamos melhores condições de vida e emprego para os trabalhadores.

O presidente da Contracs, Alci Matos destacou que a manifestação foi um alerta a sociedade sobre a importância de respeitar os direitos dos trabalhadores. “A mobilização desta sexta-feira mostrou a capacidade dos trabalhadores e trabalhadoras de estarem organizados para provocar uma sensibilização no governo. Ir a rua é uma prática rotineira que nós da Contracs não poderia ficar fora dessa manifestação em favor dos trabalhadores e da democracia”.

Mobilização ocorreu em todo o Brasil

As manifestações do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Democracia, da Petrobras e pela Reforma Política também ocorreram em estados das regiões Norte e Nordeste. Em Salvador, o ato ocorreu na parte da manhã e contou com a presença do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli. Em Fortaleza a manifestação ocorreu na Praça da Imprensa, no bairro Aldeota e reuniu cerca de 3 mil manifestantes de forma pacífica.

Em Alagoas, segundo a CUT local, 5 mil pessoas participaram da passeata pelas principais ruas de Maceió e caravanas se espalharam no interior do estado. Mesmo com problemas de enchente e alagamentos, os estados do Acre e Amapá reuniram manifestantes nos grandes centros de circulação de pessoas. Em Belo Horizonte, a manifestação reuniu cerca de 5 mil pessoas que caminharam da Praça Afonso Arinos rumo à Praça Sete.

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