Manifestação será dia 15 em frente à FIESP
Na próxima terça-feira, dia 15, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizará o primeiro ato unificado das categorias com campanhas salariais no segundo semestre. A manifestação acontecerá na Avenida Paulista, em frente à sede da Fiesp, a partir das 9h e o mote é “EM defesa da democracia, do emprego e do salário.”
O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, explica que o objetivo do ato é fortalecer as campanhas salariais, defender os empregos, a democracia e buscar saídas econômicas que protejam os trabalhadores/as e a Petrobrás. “Sem democracia os trabalhadores não poderiam se organizar, reivindicar e muito menos fazer manifestações nas ruas”, explica o dirigente.
Segundo ele, os atos também vão demonstrar que “os trabalhadores organizados pela CUT não se deixaram confundir nem intimidar com o clima de caos político e econômico que se tenta instalar no país”.
Além de São Paulo, os dirigentes da CUT estão programando manifestações das categorias com data-base no segundo semestre em outras cidades do Brasil.
O recém-eleito presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, reitera que a mobilização irá demonstrar tanto aos patrões quanto aos governos que a classe trabalhadora não aceita pagar a conta pela crise e que a Central está empenhada na organização dos trabalhadores/as para garantir melhores negociações nas campanhas salariais.
Trabalhadores/as em negociação
Quase dois milhões (1.814.805) de trabalhadores/as da base CUTista irão negociar salários, direitos e outras cláusulas sociais durante as campanhas salariais do segundo semestre.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) possui mais de 230 mil trabalhadores/as em negociação no segundo semestre. Por isso, a Contracs deve participar do ato com mais de 200 militantes que levarão para a Avenida Paulista suas reivindicações e sua luta.
Outras categorias e ramos, que já negociaram no primeiro semestre, também participarão do ato em solidariedade de classe aos demais trabalhadores em negociação.
Manifesto à Nação
Durante a manifestação, a CUT também lançará um manifesto no qual repudia os ataques aos direitos da classe trabalhadora e a tentativa, patrocinada pelos conservadores, de desestabilizar a democracia.
Leia, abaixo, o manifesto na íntegra.
EM DEFESA DA DEMOCRACIA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
As entidades sindicais filiadas à CUT em campanha salarial no segundo semestre de 2015, manifestam seu repúdio à sucessão de ataques contra os direitos da classe trabalhadora e às instituições da República. Em defesa dos/as trabalhadores/as, da democracia e contra o golpe patrocinado pela direita, mobilizaremos nossas bases, ocuparemos praças e ruas e, se for necessário, faremos uma greve geral que paralisará o país.
Na campanha salarial unificada das categorias com data-base no segundo semestre, faremos a defesa intransigente do emprego, do salário e dos direitos. Vamos questionar e lutar contra a atual política econômica recessiva, que gera um cenário adverso à negociação coletiva e provoca desemprego, arrocho salarial e precarização das relações de trabalho. Vamos exigir que a Operação Lava Jato investigue todos os corruptos mas não contribua com a paralisação da economia nem o desemprego em massa.
Nenhum direito a menos! Somos contrários ao projeto (PLC 30/2015 do Senado) que amplia a terceirização para atividade-fim das empresas. Exigimos o reconhecimento do direito de negociação coletiva e o direito de greve dos servidores públicos. Direito se amplia, não é diminuído. Da mesma forma, somos solidários aos trabalhadores/as das estatais a quem estão sendo impostas perdas salariais.
A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática de todas as denúncias de corrupção, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003.
Somos a favor da luta contra a corrupção, mas não podemos aceitar que esse combate seja usado como pretexto para quebrar a economia e o país, privatizar e desmembrar a Petrobras, judicializar a política e enfraquecer as instituições com o objetivo de acobertar um golpe contra o governo legitimamente eleito.
Defendemos a democracia porque é ela que assegura a liberdade que precisamos para fazer a negociação coletiva com os patrões e o governo, livres de qualquer ameaça de criminalização e de judicialização da ação sindical.
EM DEFESA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
EM DEFESA DA DEMOCRACIA
CONTRA A ATUAL POLÍTICA ECONÔMICA
CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS E CONTRA O PLC30/2015
EM DEFESA DA PETROBRÁS
PELO DIREITO DE GREVE E DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DOS SERVIDORES PÚBLICOS