Cerimônia simbólica de posse da entidade estadual, também foi realizada na avenida que é o maior símbolo de São Paulo
Na manhã desta terça-feira, dia 15, a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo realizou na avenida Paulista, em frente à sede da Fiesp, o primeiro Ato Unificado das Campanhas Salariais. Com o mote “Em defesa da democracia, do emprego e do salário”, o ato que teve como objetivo alertar a classe trabalhadora dos perigos das saídas antidemocráticas durante o período de crise e fortalecer a defesa dos empregos.
Participaram do ato Confederações, Federações e Sindicatos das categorias filiados à CUT que estão em campanha salarial. Segundo dados da CUT, mais de 1.814.805 trabalhadores e trabalhadoras de todo o País têm data-base no 2º semestre. Entre eles, metalúrgicos (602 mil), bancários (410 mil), químicos (327.823, incluindo no cálculo os 81.213 petroleiros da FUP), enfermeiros (120 mil), aeronautas (55 mil), aeroviários (18 mil), comerciários (194.437), Serviços (37.545), médicos e psicólogos (só de SP – 50 mil).
A Contracs e os representantes da classe trabalhadora também se uniram para deixar claro que não vão pagar a conta da crise econômica e não vão permitir retrocessos, sejam eles de direito ou de ataques à democracia. “Sem democracia, não existe organização, reivindicação e manifestação nas ruas, e a classe trabalhadora fica sem armas para lutar contra melhores condições de salário e vida”, ressaltou Wagner Freitas, presidente Nacional da CUT.
Wagner Freitas falou sobre a atual conjuntura nacional que exige ainda mais a participação popular e atos na rua, para fortalecer a política e a luta por ampliação dos direitos da classe trabalhadora. Ele também falou sobre o governo do estado de São Paulo, que definiu como parado. “Estamos vivendo um colapso nos serviços públicos, assassinatos em massa de nossos jovens, padrão educacional baixo. Esse é o estado mais rico e paga os piores salários. São Paulo já foi uma locomotiva, hoje é um atraso”.
Além de promover a campanha salarial unificada, durante o ato, os dirigentes da CUT-SP, eleitos no mês passado para o mandato 2015-2019, foram empossados em plena avenida Paulista. Segundo o presidente eleito, Douglas Izzo, a posse simbólica é para mostrar à população que a Central Única dos Trabalhadores sempre esteve e sempre continuará nas ruas.
Durante seu discurso Izzo, agradeceu a presença dos 18 ramos da CUT e ressaltou que os trabalhadores e trabalhadoras vão permanecer unidos para lutar pela garantia de seus direitos. “Estamos em frente ao maior símbolo do capital, que é a Fiesp, para reivindicar e lançar nossa campanha salarial. Nós não aceitamos a retirada de direitos. Nos mobilizamos e vamos continuar colocando pessoas no congresso e discutindo um projeto para a classe trabalhadora, que garanta o direito de greve, de mobilização e principalmente a melhoria de salário”.
O ato que teve início às 10 horas da manhã, foi finalizado por volta das 13 horas. As entidades participantes coloriram as ruas com bandeiras, camisetas vermelhas e balões. Os mais de mil manifestantes deixaram bem claro, por meio de um manifesto que estavam unidos em defesa do emprego e do salário, em defesa da democracia, contra a atual política econômica, contra a retirada de direitos e contra o PLC30/2015, em defesa da Petrobrás e pelo direito de greve e negociação coletiva dos trabalhadores e servidores públicos.