Evento acontece de 13 a 17 de outubro, em São Paulo
A Central Única dos Trabalhadores anunciou em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (1) que lançará uma agenda econômica em seu 12º Congresso Nacional, que acontece de 13 a 17 de outubro em São Paulo.
“No ConCUT, nós vamos apresentar uma política econômica popular e contra essa política de recessão, desemprego e retirada de direito. A CUT defende a geração de emprego e renda, o Estado como indutor da economia e que a Petrobras continue brasileira. Se há corrupção na Petrobras que se apresentem os responsáveis e se punam, mas nós não vamos permitir que a Petrobras seja fatiada. Em direito não se mexe, direito apenas se amplia.”
O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Vagner Freitas, que também apresentou a composição da próxima direção da Central, a ser eleita pelos delegados e delegadas.
“Por que nós estamos fazendo este gesto de apresentar a proposta de chapa do Congresso antes que comece não é para desvalorizar o congresso. Ao contrário, é para valorizar o Congresso que nós temos que fazer. Porque nós temos respeito com a CUT e com o Brasil, com os trabalhadores e trabalhadoras. O mais importante no nosso Congresso da CUT não são os nomes dos homens e mulheres que estão na sua executiva ou em sua direção e sim apresentar e preparar a classe trabalhadora para o enfrentamento contra a direita na unidade da CUT, que é o principal defensor da classe trabalhadora.”
O secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, lembrou que a abertura do Congresso da CUT se deu em março com debates sobre economia e reforma política. Segundo ele, o objetivo era de que fossem promovidos amplos debates. Para ele, a realização de mais de quatro mil assembleias de base e a realização dos 27 congressos estaduais, que elegeram direções com paridade, atenderam ao objetivo.
O presidente da CSI, João Felício, destacou que a nova direção da CUT atende com consenso todos os ramos da Central, que estão representados em sua executiva. “Nós temos um enorme desafio de aglutinar essa enorme quantidade de trabalhadores que avançaram e ganharam, nos últimos anos, em qualidade de vida, mas não ganharam ainda na representação política.”
A vice-presidente Carmem Foro afirmou que a CUT tem cumprido sua missão política e estratégica no período e comemorou a data, por ser um dia importante. “Quando me referi que hoje é um dia para comemorar estou me referindo à conquista da PEC das domésticas, que a partir de hoje os patrões são obrigados a pagar todos os direitos das trabalhadoras domésticas e esta é uma vitória da CUT também. Para nós, foi muito significativo porque é uma conquista não só das mulheres, mas de um conjunto de trabalhadores que viveram por muito tempo recebendo apenas parte de seus direitos, então para nós isso é muito importante.”
Carmen também falou da paridade com entusiasmo e mencionou que a CUT é a primeira central sindical a se propor e estabelecer, de fato, um processo democrático de divisão de poder nos espaços no interior da central tendo 50% de mulheres em sua executiva e direção nacional. “Nós temos absoluta certeza que foram muitos desafios para além da paridade em 50%. Não estão resolvidos os problemas do machismo e das desigualdades – elas permanecem. Mas nós teremos muito mais força, organização e presença política no espaço no interior da CUT para fazer os enfrentamentos necessários para a nossa pauta geral da CUT.”
A mesa da coletiva coordenada pela Secretária de Comunicação, Rosane Bertotti, contou ainda com a presença dos diretores executivos Julio Turra e Daniel Gaio.