quinta-feira, maio 2, 2024

Manifestantes contrários à PEC-55 são recebidos com violência

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Direção da Contracs participou de ato que foi reprimido

Presente em Brasília na data de votação em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC-55), conhecida como a PEC da morte, a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) participou, no final da tarde da terça-feira (29), do ato intitulado “Ocupa Brasília” contra a PEC e a MP 746 (da reforma do Ensino Médio), entre outras ações nefastas do governo de Michel Temer.

Iniciado na Praça Museu da República, o ato reuniu estudantes, trabalhadores e integrantes dos movimentos sociais. A marcha seguiu de forma legítima e pacífica até o gramado do Congresso Nacional, mas o local se transformou em um campo de batalha quando a Tropa de Choque da PM agiu com truculência contra todos os presentes. A polícia usou balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a manifestação. A arbitrariedade em excesso é a prova de que além de ilegítimo, Temer e seus aliados no Congresso são nocivos à sociedade, e em especial, aos trabalhadores. Além de desmaios, dezenas de pessoas saíram feridas.

O Golpe é contra a sociedade- Enquanto a violência imperava do lado de fora com a truculência da PM, do lado de dentro, a PEC da morte foi aprovada por 61 votos a 14. Se o governo for vitorioso na votação em segundo turno, a população sofrerá com cortes de investimentos na Saúde, na Educação, da Justiça do Trabalho e em áreas sociais por 20 anos.

“Os trabalhadores do comércio e serviços também são prejudicados com a PEC e a MP em questão. A truculência presenciada hoje é inadmissível em uma democracia, pois a sociedade e os trabalhadores têm o direito de se expressar, este não é um governo democrático porque o que vimos aqui é comum em ditadura”, criticou o presidente da Contracs, Alci Matos.

Sabendo que se trata de um golpe parlamentar em favor dos megaempresários e das multinacionais, a Contracs compreende que é momento de reunir forças e ampliar a pressão contra as sucessivas faces do Golpe. “São inúmeras as medidas que trarão prejuízos irreparáveis às nossas categorias, mas isso só nos motiva a criar novas formas de lutas para combater este governo sem voto, sem compromisso com o povo e com o trabalhador.”, finalizou Alci.

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