Ligadas ao movimento sindical, a entidades sociais e movimentos feministas, elas protestaram contra reformas e reivindicaram igualdade de direitos.
A Esplanada dos Ministérios foi o palco das mulheres ligadas aos movimentos feministas e sindicais para protestar contra a desigualdade de gênero e contra as reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A manifestação aconteceu ontem (08), o Dia Internacional da Mulher.
Iniciado na Praça do Museu da República, o ato reuniu cerca de 10 mil mulheres, segundo organizadores, e seguiu em marcha até a Praça dos Três Poderes. Durante todo o ato, atividades culturais em tom de crítica à grave situação política que passa o Brasil marcaram o ritmo do encontro coordenado por mulheres de diversos movimentos organizados.
O combate ao governo que despreza mulheres – Sônia de Queiroz, da secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT/Brasília, reiterou os motivos de tamanha predisposição das mulheres quanto à realização do ato. “As reformas propostas por este governo faz que nós, mulheres, saiamos às ruas pra combater à agressão, à reforma trabalhista e previdenciária, além da agressão às mulheres. Querem tirar nossa aposentadoria, por isso dizemos não às reformas e continuaremos lutando pela volta da democracia”, afirmou.
A única representante das mulheres de Brasília no Congresso, a deputada federal Erika Kokay (PT), também falou em nome das parlamentares que defendem a causa. “Cuidado moço, nós mulheres estamos no parlamento, nas ruas e em todo o Brasil para dizer que não vamos aceitar uma reforma que destrói politicas públicas que considera a desigualdade sexual no mercado de trabalho”, alertou sobre a reforma da previdência.
Kokay também rebateu as práticas de misoginia, muito peculiar neste governo sem voto. “Vamos dizer a estes fascistas que lugar de mulher é aonde ela quiser e que não nos curvaremos ante a violência institucional”, finalizou.
A senadora Gleisi Hoffman (PT-RS) também prestigiou o evento. “Este oito de março será histórico para o Brasil. É um movimento internacional, e aqui ocupamos várias cidades pra dizer a este governo e a todos que não têm sensibilidade, que não aceitamos a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Tais propostas só podem vir de um governo como este, golpista e fascista. Somos contra as reformas perversas, somos protagonistas desta grande luta”, lembrou a senadora.
Por decisão da Polícia Militar do DF, o carro de som não pode seguir as mulheres e demais manifestantes que finalizaram o ato na Praça dos Três poderes com atividades culturais que ecoavam mensagem ao Palácio do Planato, ao Congresso Nacional e ao STF.