Leia o artigo da semana do presidente da Contracs-CUT, Julimar Roberto, publicado originalmente no site Brasil 247
Durante anos, o Bolsa Família desempenhou um papel fundamental na vida dos brasileiros e brasileiras. Referência mundial como um programa de transferência de renda que de fato funcionou, a política social do governo Lula tirou da extrema pobreza milhares de famílias — muitas que, antes, não tinham sequer o que comer.
O programa cumpria exatamente as aspirações para as quais fora pensado: reduzir ao máximo a fome, a extrema pobreza, a falta de dignidade nos lares brasileiros e dar autonomia financeira à mulher. Era um verdadeiro sucesso!
Mas, em novembro de 2021, após uma trajetória gloriosa, o Bolsa Família foi extinto. Em uma ação eleitoreira, o governo Bolsonaro extinguiu o programa por meio de uma Medida Provisória e o substituiu pelo chamado Auxílio Brasil, que, apesar de ter uma proposta de transferência de renda, não cumpriu com o prometido.
E muito mais que uma falha na execução das metas, o programa não atingiu a mesma qualidade no trato com as pessoas de baixa renda. Prova disso é que hoje, quase 765 mil famílias muito pobres esperam na fila pelo auxílio de R$ 400 mensais. Uma espera que tem demorado meses.
Enquanto a fila de espera só aumenta, os gastos no cartão coorporativo de Bolsonaro chegaram a 1,2 milhão por mês às vésperas da eleição. Ainda pensando na reeleição, o governo aumentou em seis vezes a verba para publicidade. Dados do Senado apontam que mudança vai permitir um aumento de R$ 25 milhões na verba para essa despesa neste ano.
Não dá para esperar! Quem tem fome, tem pressa! Pensando em trazer de volta o mínimo de dignidade aos brasileiros, o plano de governo do ex-presidente Lula traz, entre outros pontos, diretrizes com um novo Bolsa Família renovado e ampliado. A ideia é que o programa seja reformulado para garantir uma renda compatível à população com base nas atuais necessidades.
Lula sabe que o povo brasileiro tem fome, tem pressa e que esse cenário não pode perdurar. Sabe também que o Bolsa Família de 2003 não se encaixaria na realidade do Brasil devastado deixado por Bolsonaro. Por isso, a necessidade de reformulá-lo e torná-lo ainda maior do que foi.
Em 2023, teremos um novo Bolsa Família mais forte e mais amplo, além de um novo Brasil, sem fome e sem Bolsonaro.
Não dá pra esperar! Quem tem fome, tem pressa!