A iniciativa faz parte da campanha Sem Direitos Não É Legal, que visa conscientizar os funcionários do McDonald’s contra abusos cometidos pela empresa
Na tarde desta segunda-feira (8), representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), da Service Employees Internacional Union dos EUA (SEIU) e demais entidades representativas, realizaram ato de protesto em frente a uma unidade da franquia McDonald’s, localizada no Eixão, com vista para Torre de TV.
A iniciativa faz parte da campanha Sem Direitos Não É Legal, que visa conscientizar os funcionários do McDonald’s contra abusos cometidos pela empresa.
Durante a atividade, foram entregues kits com álcool em gel, máscaras e exemplares das cartilhas do movimento Sem Direitos Não É Legal. O material conta com diversas informações para os trabalhadores se protegerem dos abusos e do desrespeito às normas básicas de saúde.
O McDonald’s, por exemplo, um das redes de fast-food mais conhecidas, é uma empresa global, que emprega cerca de 80 mil trabalhadores e trabalhadoras. Entretanto, denúncias de assédio moral, sexual, racismo e LGBTQfobia chegam diariamente.
A campanha luta por mais segurança no trabalho, pelo fim do acúmulo de funções, pagamento de insalubridade, combate ao assédio sexual e moral, ao racismo e à LGBTQIA+fobia e muito mais.
Além da Contracs, a iniciativa conta com o apoio das centrais sindicais nacionais e internacionais.
Diante de tantos casos, no último período, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar denúncias contra a empresa no Brasil.
A decisão foi tomada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, após denúncia das entidades representativas.
De acordo com o presidente da Contracs, Julimar Roberto, o objetivo é reforçar junto a categoria a importância do combate às práticas abusivas vivenciadas em diversas redes espalhadas no Brasil e no mundo.
Além dos abusos, grande parte dos funcionários em redes de faz -food convivem com condições degradantes de trabalho impostas, principalmente, após a aprovação da reforma trabalhista.
Entre outros pontos, Julimar denúncia que os trabalhadores vivem com baixos salários, acúmulo de funções, jornadas abusivas e muito mais.
“Muitas vezes, o trabalho em fast food é a primeira oportunidade de trabalho de jovens. A falta de experiência e a desinformação sobre direitos contribuem para que essa categoria se sujeite a abusos completamente desumanos”, concluiu.