O mundo estava com saudades do Brasil. Bastou apenas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a eleição de Lula com mais de 60 milhões de votos para que diversos líderes mundiais começassem a parabenizar o presidente eleito pela vitória. Foi uma enxurrada de felicitações, inclusive, de países que até pouco tempo tinham a relação desgastada com o Brasil. Todas as mensagens enviadas ao recém-eleito evidenciavam a falta que o país fez mundo afora.
Conhecido mundialmente por suas riquezas naturais, pelo seu povo hospitaleiro e como um exemplo de democracia a ser seguido, o Brasil esteve apagado nos últimos anos sob o governo Bolsonaro. Nesse período, pouco se falou da potência econômica que é o nosso país. Seus atributos se perderam em meio aos inúmeros escândalos de corrupção, destruição dos direitos trabalhistas e sociais, desmatamento da Amazônia, além do enfraquecimento do Estado democrático de direito.
Mas os desdobramentos dos últimos dias mostram que o Brasil pode sair da sombra a que foi relegado e voltar a ser reverenciado, como outrora. E muito mais que voltar a protagonizar uma história de sucesso, a eleição de Lula fez com que investidores voltassem a olhar positivamente para o país.
Um dia após a derrota de Bolsonaro, o dólar fechou em queda e o real foi a moeda mais valorizada, um claro sinal de que o mercado está otimista com as mudanças no cenário político brasileiro. Mas não parou por aí. As ações do Assaí On ─ empresa atacarejo ─ subiram 4,94%, das Lojas Renner, 6,41%, e, da CVC Brasil ─ maior agência de turismo -, 7, 80%.
Isso significa que, como Lula disse durante toda a campanha, o brasileiro voltará a ter alimentos e vestimentas de qualidade, além de ter acesso ao lazer. Em outras palavras, com a economia fortalecida, “o povo vai viver e não apenas sobreviver”.
Outro ponto preocupante que enfraqueceu as relações do Brasil com investidores internacionais foi a política ambiental desastrosa adotada pelo atual governo. Lá em 2019, uma das 20 maiores gestoras de patrimônio do mundo, a Nordea Asset Management, preocupada com a destruição da Amazônia sob o governo Bolsonaro, cortou relações com o país. Mas, após a eleição de Lula e seu comprometimento com a pauta, a gigante finlandesa retirou o país da lista interna de restrições e já anunciou que voltará a investir em ações brasileiras.
O mesmo ocorreu com a Noruega, principal doador de fundo para a Amazônia. Após a vitória de Lula, o ministro de Meio Ambiente norueguês anunciou retomada de ajuda ao governo brasileiro para combate ao desmatamento. As doações de recursos estavam interrompidas desde 2019.
Todas essas ações positivas para o país em tão pouco tempo ocorreram devido à confiança que o mundo tem no governo Lula que, em outros mandatos, estabeleceu uma relação internacional invejável. Agora, a expectativa é que, ao assumir a presidência, mais relações sejam firmadas, e o país volte a ocupar seu lugar de honra ─ de onde jamais deveria ter saído.
O mundo se animou com a volta de Lula, mas, para os brasileiros, a vitória teve um sabor especial. Só quem viveu quatro anos provando o amargo do fel sabe o quão doce foram as comemorações. Milhares de cidadãos unidos trazendo, na garganta, um grito de esperança e um choro de alívio, mas também de exaustão, pois a luta não fácil. Beijos, abraços, sensação de liberdade, um misto de emoções. Conseguimos! Para o mundo e para o Brasil, são chegados novos tempos, de mais amor e menos ódio.
O mundo estava com saudades do Brasil que estava com muitas saudades de Lula.