sexta-feira, dezembro 13, 2024

Plenária da Fecesc debate o papel do movimento sindical na construção do Brasil da esperança

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Nos dias 24 e 25 de novembro, foi realizada a 79ª Plenária da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado de Santa Catarina (FECESC). O evento aconteceu de forma híbrida, contando com dirigentes do estado e lideranças de todo o Brasil.

Durante os dois dias de atividades, os participantes avaliaram os prejuízos causados ao setor e à classe trabalhadora, desde o golpe contra a democracia, em 2016, e o crescimento do fascismo no país.

O debate contou com contribuições importantes, como a participação do coordenador técnico do Dieese nacional, Fausto Augusto Júnior. Com o tema, o papel do movimento sindical na construção do Brasil da Esperança, o assessor pontuo a responsabilidade dos sindicatos para os novos rumos do país que, devido ao sucateamento sofrido nos últimos anos, talvez demore a se reerguer.

Essa também foi a análise do economista e assessor técnico da Subseção do Dieese-SC na Fecesc, Maurício Mulinari. Segundo ele, mais que nunca, os movimentos sindicais e sociais precisam ocupar as ruas para garantir governabilidade ao presidente Lula.

Mulinari lembrou que, se por um lado, elegemos um candidato progressista para a presidência da República, por outro, escolhemos deputados e senadores reacionários, conservadores e retrógrados, que formarão a mais desastrosa composição que o Congresso Nacional já teve desde a redemocratização do país.

E para tentar entender um pouco essa dicotomia do voto do brasileiro, que elegeu Lula e deu ao PL – partido do candidato à Presidência derrotado – a maior bancada no Congresso, a plenária contou com a participação do historiador e professor da Universidade Federal de Brasília e do Instituto Lula, Fernando Horta. E o tema não poderia ser melhor: “Como explicar a origem do crescimento do fascismo e do bolsonarismo em nosso país”.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs-CUT), Julimar Roberto, o evento foi muito apropriado para o momento de transição que o Brasil está passando.

“Reconheço que o movimento sindical teve um papel importante na eleição de Lula, mas foi apenas o começo. O trabalho duro começa agora, com a posse e a reorganização do país. Mais que nunca, não poderemos nos omitir. Precisaremos ocupar todos os espaços e aumentar a pressão sobre a Câmera e o Senado, para que o presidente eleito possa tomar as medidas necessárias para a reconstrução da nossa nação”, disse o dirigente.

Ao término da atividade, os delegados e delegadas da 79ª Plenária aprovaram a Previsão Orçamentária da FECESC para o exercício de 2023.

Da redação, com informações FECESC

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