No dia 5 de janeiro de 2021, Bolsonaro foi sincero. Talvez numa das raríssimas vezes em que sua sinceridade não foi demagoga, ele disse aos seus apoiadores, do alto do seu cercadinho: “Chefe, o Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada”. Por incrível que pareça, naquele momento, ele tinha razão.
Mas o desabafo foi incompleto. Faltou-lhe o bom senso de assumir que ele, com apenas dois anos à frente da Presidência, já havia quebrado o país. E se naquele tempo já era esse o diagnóstico para nossa nação, imagine agora, com quatro anos de um governante que “não consegue fazer nada”. Não consegue ou não sabe, o que no caso dele dá na mesma.
“Mas de que adianta bater em quem já está morto?”, me perguntarão alguns. Adianta para que ninguém se esqueça de quem é o responsável pela atual situação do Brasil.
A menos de um mês da posse de Lula, as notícias não poderiam ser mais pessimistas. Manchetes estampam diariamente o saldo de uma administração pífia, indigna de um país da nossa magnitude.
*Por Julimar Roberto, Comerciário e presidente da Contracs-CUT