quinta-feira, outubro 10, 2024

Caminhões usados em atos golpistas transportavam drogas e contrabando, diz PRF

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Ligação com os crimes foi identificada por meio de um cruzamento das placas dos veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório apontando que caminhões utilizados nos bloqueios antidemocráticos e ilegais realizados por bolsonaristas, que não aceitam a vitória de Lula (PT) nas eleições de outubro, já estiveram envolvidos em crimes como tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a ligação dos veículos com os crimes listados foi possível a partir do “levantamento de placas dos veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá (MT) no dia 5 de novembro.

Na quarta-feira (7), o ministro do STF Alexandre de Moraes aplicou multa de R$ 100 mil aos proprietários dos veículos utilizados nos atos golpistas que foram identificados pelas autoridades de Mato Grosso, além de proibir a circulação e determinar o bloqueio dos documentos.

Moraes também tornou esses veículos indisponíveis —ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.

Um desses caminhões, um veículo Mercedes Benz modelo Actros 265, registrado em nome da empresa Sipal Indústria e Comércio, já havia sido apreendido em outubro, mês anterior ao dos protestos dos quais participou.

Segundo documento da PRF, ele foi pego na BR-101, altura do município de Palhoça (Santa Catarina), transportando três toneladas de drogas (2,9 toneladas de maconha e 103 quilos de skank).

O motorista foi preso e conduzido, junto com o veículo, à Polícia Federal em Florianópolis. O condutor e outro homem que fazia parte do comboio relataram que ganhariam R$ 100 mil pelo serviço.

A polícia registrou oito veículos da Sipal Indústria e Comércio participando de atos antidemocráticos. No dia 17 de novembro, Moraes mandou bloquear a conta bancária da empresa.

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