quinta-feira, março 28, 2024

Longe do ideal, mulheres elegem bancadas históricas pelo Brasil

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Elas ainda são minoria, mas avançaram no Legislativo. Estados como Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia elegeram recorde de mulheres

São Paulo – Os brasileiros elegeram a maior bancada feminina da história do Congresso nacional. As 91 deputadas dos 513 tomaram posse hoje (1°). Entre elas, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi eleita como 2ª Secretária da Mesa Diretora. Fatos que se repetem em diferentes assembleias legislativas das 27 unidades da Federação. No Paraná, por exemplo, serão 10 mulheres dos 54 parlamentares; o dobro da legislatura anterior, e maior da história. Já na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, também um recorde: 15 mulheres dos 75 parlamentares.

Ainda em Minas, a deputada Leninha (PT) será a primeira deputada estadual a compor a Mesa Diretora da Casa. Ela foi eleita vice-presidenta do parlamento estadual. “Em primeiro lugar, a minha presença na Mesa tem que significar mudanças na política mineira”, disse. “Será para que a gente possa abrir diálogo e ampliar a participação”, completou em discurso hoje.

Já no Ceará, outro recorde. Nove mulheres assumiram cadeiras no Parlamento. O número ainda é pequeno diante dos 46 cargos disputados, contudo, é superior às cinco eleitas na última legislatura. “É muito importante. Tínhamos cinco, passamos para nove. E dessas nove, apenas a deputada Dra. Silvana vem de mandato, as outras oito são novatas, mas com experiência em políticas públicas”, destacou a petista Jô Farias. Ela, contudo, avaliou que “o número não é o desejado, mas algo caminhou”.

Mulheres no Rio Grande

Outra composição histórica ficou por conta do legislativo gaúcho. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul será composta por 11 mulheres distribuídas por oito siglas. Na legislatura anterior, eram nove dos 55 representantes. O partido com maior representatividade feminina é o PT, com três. São elas Sofia Cavedon, Stela Farias, que foram reeleitas, e Laura Sito, que era vereadora de Porto Alegre. O Psol também conta com representante feminina, a deputada Luciana Genro, que foi a mulher mais votada do estado, com 111.126 votos.

Igualdade racial

A Casa gaúcha também conta com uma presença inédita de parlamentares pretos. Esta 56ª legislatura contará com duas deputadas negras e um deputado negro, diferente de 2018, quando apenas se declarou como negro um parlamentar do PR e atualmente no Podemos, que não se reelegeu. Compõem a bancada preta Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB) e o vereador de Porto Alegre Matheus Gomes (PSOL), que conquistou 82.401 votos, sendo o segundo mais votado de sua bancada e o quinto entre todos os eleitos.

Já na Bahia, a Casa legislativa local é a mais preta do país. Dos 63 deputados e deputadas estaduais, 38 são autodeclarados pretos. Contudo, 17 deles têm sua raça contestada pelo movimento negro. Eles seriam lidos socialmente como brancos. Algo similar com o que aconteceu com o candidato derrotado no segundo turno para o Executivo baiano, ACM Neto (União Brasil), que havia se autodeclarado negro. Ele foi derrotado pelo candidato petista Jerônimo, este sim lido socialmente como preto.

Fonte: RBA

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