sábado, abril 20, 2024

Ato, na Cinelândia, reforça unidade do movimento sindical em defesa dos trabalhadores da Americanas

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A Contracs-CUT, representada por seu presidente, Julimar Roberto, participou da atividade e destacou que o trabalhador não pode pagar pelo erro de empresários

A Cinelândia, no Rio de Janeiro, foi palco de grande mobilização, na manhã desta sexta-feira (3). Na ocasião, a Contracs, a CUT e outras centrais, além de diversos movimentos de todo o Brasil, se uniram para defender o emprego e os direitos dos cerca de 40 mil trabalhadores das lojas Americanas, ameaçados pela ganância do capitalismo.

Recentemente, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, após rombo de R$ 43 bi nas contas. Vale lembrar que a companhia tem como principais acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, ─ três dos cinco homens mais ricos do Brasil.

O presidente da Contracs, Julimar Roberto, participou da atividade e destacou a importância da unidade das entidades sindicais em defesa dos trabalhadores. “É fundamental que estejamos unidos para defender os milhares de pais e mães de família que correm o risco de ficar desempregados por conta de um erro que não foi deles. O trabalhador não pode sair lesado”, disse.

O sindicalista lembrou ainda da exposição do caso na mídia, em que muitos veículos de comunicação tratam os três empresários como vítimas. “Esses dias estava assistindo a uma entrevista na TV que falava que os três empresários perderam R$ 43 bi. Quem é que perde R$ 43 bi? Esse dinheiro está em algum lugar, foi para alguém. E, ao que tudo indica, foi através de fraude”, afirmou Julimar.

Em uma crítica ao capitalismo, o presidente da CUT-RJ, Sandro Cezar, apontou que os empresários e o setor privado se vendem como algo bom, mas que, no fim, fraudam, demitem trabalhadores e atrapalham a economia do país.  “E dessa vez não foi diferente. Os homens mais ricos do Brasil estão fraudando a economia brasileira e querem dividir a conta com os mais pobres”, disse.

Já o diretor do Sindicato dos Comerciários de Ozasco, Edson Bertoldo, reforçou que as centrais – a Contracs-CUT, a CUT, a UGT, a CTB, a Força, a CSB, a NCST e a CNTC – foram à Justiça para garantir os que os direitos trabalhistas sejam devidamente pagos, no caso de demissões.

“O que aconteceu na loja está claro que foi uma fraude. Já entramos na Justiça para provar, porque isso não pode ficar impune. Essa mobilização será contínua, não descansaremos. Então, conte com a gente. A luta continua”.

Também esteve presente ao ato, a secretária-geral da CUT-RJ, que integra a direção executiva da Contracs-CUT, Jane.

 

 

 

 

 

 

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