A taxa média de desemprego do trimestre encerrado em janeiro ficou em 8,4%, atingindo 9 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. A taxa ficou estável em relação ao trimestre anterior, novembro de 2022 e janeiro de 2023, (8,3%) e é a menor para este período desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 (6,9%).
Os dados são Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (17).
O rendimento cresceu e o desalento caiu no trimestre encerrado em janeiro, mas as taxas de informalidade e emprego sem carteira assinada continuam altas, apesar de estáveis em relação ao trimestre anterior.
Confira:
Rendimento
A renda dos trabalhadores cresceu 1,6% no trimestre terminado em janeiro, para R$ 2.835, e 7,7% na comparação anual.
Os destaques foram nos setores de Alojamento e alimentação, que teve um aumento de 7%, Administração pública, saúde e educação, com aumento de 3,1%, e serviços domésticos, que expandiram o rendimento real em 2,2%.
Desalento cai 5,3% no trimestre
O total de pessoas desalentadas, aquelas que gostariam de trabalhar, procuraram muito e acabaram desistindo, foi de cerca de 4 milhões no trimestre terminado em janeiro. Essa estimativa representa uma redução de 5,3%, ou 220 mil pessoas, em relação ao trimestre terminado em outubro de 2022.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o indicador apresentou também variação negativa (-16,7%), quando havia no Brasil 4,8 milhões de pessoas desalentadas.
Subutilização fica estável
A taxa composta de subutilização (18,7%) recuou no trimestre (19,5%) e caiu no ano (23,9%). A população subutilizada (21,5 milhões de pessoas) caiu 5,2% frente ao trimestre anterior e 22,5% na comparação anual.
Subocupação
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) caiu 12,6% (menos 754 mil pessoas) no trimestre e 24,4% (menos 1,7 milhão) no ano.
Trabalhadores com carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões e ficou estável, crescendo 6,5% (mais 2,3 milhões de pessoas) na comparação anual.
Trabalhadores em carteira assinada
O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado (13,1 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 5,9% (725 mil pessoas) no ano.
Conta própria
O número de trabalhadores por conta própria (25,3 milhões de pessoas) registrou estabilidade ante o trimestre anterior e na comparação anual.
Informalidade
A taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada (ou 38,5 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1% no trimestre anterior e 40,4% no mesmo tri de 2022.
Da redação da CUT