Por Julimar Roberto:
Nos quatro primeiros meses de gestão, o governo Lula criou 705 mil formais. E, de acordo com analistas, o número pode chegar a 1,5 milhão ainda neste ano de 2023. É o começo de um novo tempo para a classe trabalhadora brasileira.
Mas, apesar de todos os esforços do time de Lula, que tem trabalhado incansavelmente para reconstruir o Brasil, ainda existem resquícios do governo Bolsonaro bastante prejudiciais ao andamento do projeto eleito nas urnas. E o principal deles tem sido o presidente do Banco Central, Campos Neto, com sua exorbitante taxa de juros. Numa clara ação de sabotagem, o bolsonarista compromete o futuro do pais e, inclusive, a geração de postos de trabalho formais.
É importante destacar que, quando falamos em empregos formais, estamos falando de empregos com direitos. Nesse modelo, defendido pela Contracs-CUT, o trabalhador é contratado com carteira assinada, resguardado pela legislação trabalhista e todos os direitos previstos em lei.
E isso é de suma importância para o brasileiro trabalhador que, diariamente, constrói o Brasil, mas que, em contrapartida, tem sofrido com a precarização das relações de trabalho. O que temos visto nos últimos anos ─ com destaque para o período pós-golpe, em 2016 ─, é o crescimento desenfreado de postos de trabalho sem condições dignas. Alguns beiram à desumanidade. E tudo a céu aberto.
Mas isso pode mudar. Empresários têm sinalizado que estão dispostos a investir no Brasil propiciando o crescimento da economia e a geração de emprego ─ repito, empregos com direitos. Mas, para isso, é preciso que o Banco Central reavalie sua política monetária e abaixe imediatamente a taxa de juros.
Empresa nenhuma investirá em um país com a maior taxa de juros do mundo. Pelo contrário, as companhias estão fechando as portas, demitindo, dando férias coletivas. E sabemos que a culpa de tudo isso é dos juros elevados.
E não há motivos para a manutenção da Selic em 13,75%. Todos os indicadores econômicos têm se mostrado positivos, mesmo apesar de Campos Neto. Além do mais, apenas os mais ricos, aqueles que exploram a mão de obra do Brasil, lucram com taxas abusivas. À população mais pobre, só restam os prejuízos: desemprego, fome e dívidas.
Não podemos ficar reféns de uma política que só trava o desenvolvimento econômico e social do país. Uma política, diga-se de passagem, que carrega a herança maldita de um governo que devastou o Brasil, e que em nada se alinha ao modelo político que elegemos.
Queremos juros baixos, empregos com direitos e dignidade para o povo brasileiro!