Na manhã do último sábado (12), a indignação contra atitudes discriminatórias e a busca por justiça social ecoaram pelas ruas da região dos Jardins, em São Paulo. O Ato em repúdio ao Clube Harmonia se tornou um ponto de encontro para aqueles que almejam um mundo mais justo e igualitário, marcando uma manifestação poderosa contra a perpetuação de desigualdades profundas.
A direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT), juntamente com a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), o (Sindicato dos Comerciários de Osasco (Secor) e a CUT São Paulo, em um gesto solidário e coletivo, se uniu ao Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Município de São Paulo (STDMSP) nesse ato de repúdio. Isso reafirmou o compromisso das entidades com a luta por direitos, pela dignidade no trabalho e pela eliminação de qualquer forma de discriminação.
A concentração em frente ao Clube Harmonia, situado na Rua Canadá, ganhou vida com a voz de inúmeros manifestantes, empunhando cartazes e expressando sua solidariedade às babás que têm enfrentado situações de exclusão e humilhação. Esse ato não apenas demonstrou uma rejeição firme à discriminação, mas também iluminou a urgente necessidade de uma mudança de mentalidade e a promoção de relações justas e equitativas.
Para o presidente da Contracs, Julimar Roberto, o cenário desolador diante das atitudes do Clube Harmonia nos confronta com a realidade amarga das desigualdades enraizadas.
“Situações como essa evidenciam a enorme distância entre discursos de inclusão e o tratamento, muitas vezes, desumano que é infligido às babás. É fundamental reconhecer que as relações entre empregadores e trabalhadoras domésticas não devem ser pautadas por hierarquias injustas, mas sim por respeito mútuo e dignidade”, afirmou.
Também da Contracs, a diretora Lubia Conceição, não poupou críticas à postura retrógrada e discriminatória do Clube Harmonia.
“É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com casos de discriminação e exclusão como os que ocorreram no Clube Harmonia. É revoltante ver uma instituição perpetuar preconceitos e tratar trabalhadoras de forma tão desrespeitosa. As babás merecem respeito, valorização e reconhecimento pelo trabalho que realizam. É hora de mudar, e é nossa responsabilidade cobrar essa mudança!”
A presidenta do STDMSP, Silvia Maria, falou da importância da união no combate ao preconceito e à injustiça.
“Precisamos nos unir em solidariedade e empatia para buscar um futuro onde as divisões sociais sejam substituídas por relações igualitárias. Vamos continuar firmes em nosso compromisso de lutar por um país onde todos possam viver com dignidade, respeito e igualdade”, finalizou.