Mais de 300 trabalhadores e trabalhadoras, representantes de 76 sindicatos e federações filiados à CUT-SC, chegaram em Florianópolis nesta sexta-feira (1º) para participar do 14º Congresso Estadual da CUT-SC. O evento iniciou com uma mística que mostrou simbolicamente os 40 anos de história e luta da central.
A mesa de abertura contou com a participação do presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, e de outros membros da direção executiva da CUT Nacional; de representantes das centrais sindicais CTB, Força Sindical e Nova Central; dos deputados federais do Partido dos Trabalhadores Ana Paula Lima e Pedro Uczai; da vereadora de Florianópolis Carla Ayres (PT); os Superintendentes Estaduais do INCRA Dirceu Luiz Dresch, do Trabalho e Emprego, Gabriela Garcia Iuskow e do Ministério da Saúde, Sylvio da Costa Júnior; além de representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
O Coordenador do 14º CECUT e Secretário Geral da CUT-SC, Rogério Manoel Correa declarou oficialmente aberto o congresso e reforçou “Ousadia e luta são as duas palavras que estão no tema do nosso congresso e que devem conduzir a ação da CUT no próximo período. Que nesses dois dias possamos fazer bons debates e tirar boas estratégias e um ótimo plano de lutas para o futuro da nossa central”.
A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, fez uma reflexão sobre a conjuntura estadual “O governo gosta de divulgar que Santa Catarina é um estado sem desemprego. Existe emprego sim no nosso estado, mas que tipo de emprego é esse? Os catarinenses não merecem trabalho precário, com condições análogas à escravidão”. Ela reforçou que é preciso que os trabalhadores construam uma pauta unitária para derrotar o governo de Jorginho Mello “Nas eleições municipais do próximo ano precisamos colocar candidatos que defendam as pautas dos trabalhadores, só assim vamos derrotar a política bolsonarista de Jorginho”.
Após a mesa de abertura, aconteceu uma mesa de debate da conjuntura com a participação do presidente da CUT Nacional e da deputada federal Erika Kokay (PT). Sérgio Nobre reforçou a importante tarefa nas eleições municipais do próximo ano “O que nós sofremos aqui no Brasil foi um golpe e nós precisamos fortalecer a nossa narrativa”. Ele frisou que por mais que os trabalhadores tenham conseguido eleger um presidente que defende mais direitos e políticas trabalhistas, a maioria do Congresso Federal não apoia a mesma política “Ano que vem nas eleições municipais vamos sofrer com o bolsonarismo. Precisamos crescer nos municípios. Além de eleger prefeitos, é preciso tambem eleger um boa bancada de vereadores, porque só assim que vamos crescer a representação dos trabalhadores e em 2026 conseguir conquistar uma boa representação no Congresso”.
A deputada Erika Kokay falou sobre a política genocida e negacionista de Bolsonaro “Com Bolsonaro revivemos uma lógica que Lula havia interrompido em seus mandatos anteriores: a lógica da naturalização da fome e da desigualdade, da lógica que as políticas públicas e os direitos não são direitos, são favores”. Ela falou que para derrotar a política bolsonarista é preciso apostar na organização popular e que a CUT tem papel central nisso “Só com a organização popular e a criação de uma grande rede é que vamos derrotar as mentiras e o ódio que movem a extrema direita. Quando você destrói as mentiras, você destrói tudo que eles construíram nos últimos quatro anos”.
Na tarde desta sexta-feira (1º) os delegados e delagadas trabalharão em grupos para propor emendas às estratégias e plano de lutas do texto estadual e nacional. O Congresso continua até sábado (2), quando acontecerá a aprovação das Estratégias e Plano de Lutas para o próximo período e a eleição da Direção Estadual da CUT-SC que ficará à frente da central nos próximos quatro anos.
Redação da CUT