Por Julimar Roberto:
O 11º Congresso da Contracs-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT), que ocorreu de 20 a 23 de setembro em Guarulhos, São Paulo, marcou um momento de importante debate e organização da classe trabalhadora. Durante quatro dias, temas como o financiamento sindical, paridade de gênero, automação, precarização das relações de trabalho e sindicalismo internacional, foram tratados sob a ótica dos trabalhadores e trabalhadoras no comércio e serviços de todo Brasil. No centro das discussões, estava a eleição dos diretores que liderarão a entidade no próximo quadriênio (2023-2027), e eu tive a felicidade de ser reeleito como presidente.
Após seis anos de desgoverno no país, com direito a golpe de Estado, perseguição à classe trabalhadora e uma retirada desenfreada de direitos trabalhistas e sociais, confesso que me encontro muito otimista. Nosso primeiro mandato aconteceu num período nebuloso, marcado por inúmeros desafios, mudanças drásticas e uma pandemia global. A democracia e as instituições do Brasil enfrentavam ameaças e o povo pobre e trabalhador passou por duros desafios econômicos e sociais. O crescimento da Direita, dentro e fora do país, destacou a necessidade de adaptação do movimento sindical a novos cenários.
Porém, nos últimos nove meses, o Brasil vem testemunhando o trabalho de um presidente da República que parece genuinamente comprometido em representar os interesses da classe trabalhadoras e dos menos favorecidos. Mesmo com um Congresso Nacional em oposição, Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado sua vontade de reverter as políticas prejudiciais implementadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Frente a isso, é fundamental reconhecer que este é um período de muito trabalho e desafios, mas também de esperança. A classe trabalhadora do Brasil elegeu democraticamente um presidente que demonstra preocupação genuína com seus interesses. No entanto, Lula e os trabalhadores organizados precisam trabalhar em conjunto para garantir que as mudanças necessárias ocorram.
Neste contexto, o 11º Congresso da Contracs assumiu um papel crucial como plataforma para os sindicalistas debaterem estratégias, compartilharem experiências e solidificarem alianças. Além disso, representou uma oportunidade para reafirmar o compromisso com um mundo do trabalho mais justo, digno e igualitário, consolidando a ideia de que, à medida que avançamos, é imperativo que a classe trabalhadora permaneça unida e vigilante.
“Pois que venham os desafios!” Essa foi a nossa resposta, indicando que os trabalhadores e trabalhadoras no comércio e serviços estão prontos para enfrentar este novo período. Pois, crescemos nas adversidades, somos forjados na luta e, nos laços de união e solidariedade, nos fortalecemos a cada novo dia.
Viva o povo brasileiro!
Viva a classe trabalhadora!