Os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, de São Caetano do Sul, de São Paulo e de Mogi das Cruzes reiteraram a reivindicação de cancelamento de todas as demissões feitas pela General Motors. A exigência foi reafirmada durante Mediação Coletiva de Trabalho, realizada pelo Ministério do Trabalho, na sexta-feira (27), com presença da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP).
A sessão da sexta-feira foi agendada após os sindicatos enviarem cartas ao Governo Federal solicitando reuniões para discutir a demissão em massa feita pela GM. Cerca de 1.200 trabalhadores foram dispensados por telegrama e e-mail nas três plantas paulistas da montadora, sem prévia negociação.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, enfatiza que a entidade está sempre à disposição na luta pelos trabalhadores. “Seguimos acompanhando o caso e garantindo todo apoio aos sindicatos e aos trabalhadores. Não podemos aceitar que a decisão da GM seja unilateral e prejudique a vida de tantas pessoas”.
A direção da FEM-CUT/SP apresentou uma moção de repúdio às demissões e em solidariedade aos trabalhadores no dia 21, durante o 14ª CONCUT. No dia 23, o vice-presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Claudio Batista da Silva Junior (Claudião), representou a entidade na assembleia dos trabalhadores da General Motors (GM), em São José dos Campos.
O encontro foi mediado pelo superintendente regional do trabalho no Estado de São Paulo Marcus Alves de Mello. Na sessão, Mello destacou que reiteradas decisões judiciais consideram que demissões coletivas devem ser negociadas com sindicatos, o que não ocorreu no caso da GM.
A montadora se negou a cancelar os cortes arbitrários, mas afirmou estar à disposição para se reunir com os sindicatos.
“Seguiremos cobrando medidas pelo cancelamento das demissões na GM não só do governo Lula, mas também do Governo de São Paulo e das prefeituras. Nossa prioridade é a manutenção dos postos de trabalho nas três plantas”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves.
A próxima sessão conciliatória foi agendada para terça-feira (31), às 10 horas, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Av. Prestes Maia, 733, São Paulo).
Redação da CUT
