sexta-feira, novembro 22, 2024

Trabalhadores vão às ruas nesta terça (14) para lutar por justiça tributária

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Nesta terça-feira (14), entidades filiadas à CUT, em especial a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), além de sindicatos e movimentos sociais, farão manifestações em diversas cidades do país em defesa de uma reforma Tributária com justiça fiscal e que tenha como meta o combate à desigualdade social.

O “Dia Nacional de Luta pela Reforma Tributária que o Povo Quer” terá atos públicos nas imediações das Câmaras de Vereadores, dos Deputados, Assembleias Legislativas, Senado, prefeituras, sedes de governos estaduais e outros locais públicos. Cada entidade está organizando suas ações que têm o objetivo de suscitar o debate sobre propostas que tragam, de fato, justiça fiscal e tributária e que contribuam com a redução das desigualdades social e econômica em nosso país.

Protesto nas redes

Além de atos de ruas, a mobilização também será realizada nas redes. Um ‘tuitaço’ na rede X, antigo Twitter, acontece a partir das 11h desta terça. As redes sociais serão utilizadas para ampliar a visibilidade das atividades públicas e para difundir as propostas. Os militantes foram orientados a postarem fotos e textos nas redes sociais com a hashtag #GanhaMaisPagueMais.

Reforma

A reforma Tributária aprovada no Senado, na semana passada, e que passará novamente para apreciação da Câmara dos Deputados nos próximos dias, traz mudanças importantes no sistema atual, porém não suficientes para que haja desenvolvimento social e econômico e redução das desigualdades.

“A reforma que defendemos tem que ter carga progressiva e distributiva e para isso tem que ter mudanças, tem que incluir o rico no imposto e pobre no orçamento”, diz a vice-presidenta da CUT e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Além disso, é preciso que a classe trabalhadora se apodere do tema da reforma para poder ter a exata consciência de que é ela quem mais paga impostos no Brasil. A CUT defende que a tributação não tenha como base de incidência o consumo, como é atualmente, além de uma maior participação dos mais ricos na arrecadação.

Saiba por que os pobres pagam mais impostos no Brasil e o que a CUT defende

Por isso, para a CUT, demais centrais sindicais e movimentos populares, a proposta a ser votada precisa inverter a atual lógica de tributação. Hoje a maior parcela dos impostos pagos vem do consumo, ou seja, quando os brasileiros e brasileiras compram quaisquer produtos. Isso permite que aqueles que têm maior renda paguem os mesmos impostos das pessoas que têm menores rendimentos. É preciso, portanto, fazer com que a tributação seja baseada na renda e no patrimônio para que essa distorção seja corrigida e que haja justiça fiscal no país.

Outra característica gritante da injustiça do sistema atual é a não tributação de lucros e dividendos e remessas de lucros ao exterior. Atualmente, a maior parte da renda dos mais ricos vem dessas fontes, ou seja, de suas empresas e negócios. Essa renda ainda é isenta de imposto. Um trabalhador que ganha R$ 2.112,01 (piso da tabela do IR) é obrigado a pagar o imposto de renda. Já um grande empresário, banqueiro ou investidor que recebe R$ 1 milhão de lucro não paga sequer um centavo de imposto de renda sobre esse lucro ou dividendo.

Leia aqui quais são os principais pontos defendidos pelo movimento sindical para uma reforma Tributária Justa

Apoio

A Contraf-CUT produziu uma série de materiais para contribuir com o debate e a reflexão pela militância social e pela sociedade de uma forma geral. São vídeos, boletins e uma cartilha ilustrada que explicam em detalhes o que precisa ser feito para que haja justiça tributária.

“Precisamos fazer que o povo entenda que a questão tributária é fundamental para melhorar a vida de todo mundo”, ressaltou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Veja aqui os vídeos produzidos sobre a reforma Tributária

Acesse aqui o Infopress

Veja a Cartilha Reforma Tributária: “Do Jeito que o povo quer – mudanças no sistema tributário precisam beneficiar os mais pobres”

Redação da CUT

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