Ao celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, em meio a muitas reflexões, fazemos um chamado à ação, à mudança e à progressão contínua rumo à igualdade plena. Este ano, o tema do 8 M ressoa com um eco profundo e significativo: “Mulheres em defesa da democracia, pela igualdade salarial e contra todos os tipos de violência”.
A história é uma narrativa de luta incessante das mulheres por seus direitos, por liberdade, por reconhecimento e por igualdade. A cada passo adiante, essas bravas companheiras se deparam com novos desafios, novas batalhas a serem travadas. Os números falam por si só, mostrando as disparidades persistentes que elas ainda enfrentam.
De acordo com o IBGE, embora mais da metade das mulheres integrem a força de trabalho no Brasil, o segmento ainda enfrenta uma diferença salarial significativa em relação aos homens. Uma realidade injusta e profundamente enraizada que exige medidas urgentes de correção. É um ultraje que filhas, mães e esposas continuem a receber salários médios 22% menores do que homens para desempenhar as mesmas funções.
Além disso, a crescente quantidade de famílias chefiadas por mães solo ressalta a urgência de uma inserção mais equitativa das mulheres no mercado de trabalho. Mais de 11 milhões de mães no Brasil estão criando seus filhos sozinhas, assumindo uma responsabilidade monumental sem o apoio adequado. Isso não é apenas uma questão de igualdade de gênero, mas também uma questão de sustentabilidade econômica e social.
Mesmo com avanços, particularmente durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as dificuldades ainda são inúmeras. A Lei nº 14.611/2023, que estabelece a igualdade salarial entre mulheres e homens, é um exemplo claro do compromisso em transformar a retórica em ação concreta. Esta lei não é apenas um símbolo, mas uma ferramenta tangível para promover a justiça econômica e social.
Além disso, o Decreto nº 11.795/2023, que exige a transparência salarial das empresas, representa um passo crucial para garantir a prestação de contas e a eliminação das disparidades salariais baseadas no gênero. Trata-se de uma demonstração de que o governo Lula compreende a importância de políticas públicas que não apenas reconheçam, mas também enfrentem as desigualdades estruturais que permeiam nossa sociedade.
Entretanto, o caminho para a igualdade plena não é apenas pavimentado por legislações; requer uma abordagem holística e coordenada que permeie todos os aspectos de nossa sociedade. As políticas públicas, como o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e os Planos de Políticas para as Mulheres, são fundamentais para sustentar esse impulso em direção à igualdade.
Mas precisamos ir além. Devemos nos comprometer ativamente, como indivíduos e como sociedade, a desafiar e desmantelar os sistemas de opressão que perpetuam as desigualdades de gênero. Devemos criar espaços onde todas as mulheres possam florescer, onde suas vozes sejam ouvidas e suas contribuições valorizadas.
A inserção da mulher nos espaços de poder e decisão não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma necessidade econômica e um imperativo moral. Devemos nos unir em solidariedade, reconhecendo que a luta pela igualdade de gênero beneficia a todos e todas. Somente juntos podemos moldar um futuro onde todas as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens, onde a igualdade não seja apenas um sonho, mas sim uma realidade tangível e inegável.
Neste Dia Internacional da Mulher, que possamos renovar nosso compromisso com a transformação, com a justiça e com a igualdade. Que possamos honrar as conquistas do passado enquanto nos dedicamos ao trabalho que ainda está por vir. Em união, podemos e devemos fazer melhor. É chegada a hora de celebrar e capacitar as mulheres como os pilares da mudança que elas são.