quinta-feira, novembro 21, 2024

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha – Refletindo e fortalecendo lutas

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A população negra no Brasil representa a maioria, correspondendo a 54%, segundo o IBGE. Na América Latina e no Caribe, aproximadamente 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes, de acordo com a Associação de Mujeres Afro. Contudo, tanto no Brasil quanto fora dele, essa parcela populacional é a que mais sofre com a pobreza: três em cada quatro pessoas negras vivem nessa condição, conforme os dados do IBGE.

Os indicadores de violência e desigualdade, evidenciados pelo Mapa da Violência, revelam essa dura realidade, especialmente para as mulheres negras. Em 1992, um grupo de mulheres negras decidiu que era necessário se organizar para reverter esses dados, entendendo que a solução viria da união entre elas. Esse movimento resultou no primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana, onde foram debatidos os diversos problemas enfrentados e as alternativas para resolvê-los.

Dessa reunião nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, que, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), lutou pelo reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Essa data não é apenas uma celebração, mas um momento de reflexão e fortalecimento das organizações voltadas às mulheres negras e suas lutas.

No Brasil, em 2 de junho de 2014, foi instituído, por meio da Lei nº 12.987, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais líderes na luta contra a escravização.

Em diversos locais do país, eventos marcam esta data, celebrando a resistência e a luta das mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais. Este é um momento crucial para refletir sobre os avanços e desafios ainda presentes, reforçando a importância da organização e união para superar as desigualdades e a violência que ainda assolam a população negra.

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