sexta-feira, novembro 22, 2024

Contracs participa de audiência pública sobre assédio no Conselho Federal de Técnicos Industriais

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Nesta segunda-feira (26), a Contracs participou de audiência pública, na Câmara dos Deputados, sobre as denúncias de assédio no Conselho Federal de Técnicos Industriais praticadas pelo presidente da entidade, Solomar Rockembach. A atividade foi realizada a pedido da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e contou com a participação de diversas entidades.

Diante dos casos denunciados, os empregados públicos do CFT deflagraram greve no começo de julho, movimento que já dura mais de um mês. A categoria denunciou também uma série de problemas no Conselho, como a ausência de negociação coletiva e o descumprimento dos contratos de trabalho.


Julimar Roberto, presidente da Contracs, representou a Confederação na audiência. O sindicalista parabenizou a iniciativa da parlamentar e destacou seu trabalho em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores. “Não poderia deixar de louvar a nossa deputada, que nos representa em todos os momentos, há décadas”, disse.

O presidente cumprimentou também a categoria, que marcou presença no debate. “Tenho que parabenizar, além da deputada, vocês, principalmente. O que as campanhas midiáticas têm feito é jogar os trabalhadores na individualidade, e vocês demonstraram, nesse movimento, solidariedade e senso de coletividade. Isso é fundamental para os trabalhadores saírem vitoriosos”, afirmou.

Erika lembrou que os assédios moral e sexual vêm de uma estrutura que precisa ser combatida. “É importante lembrar que o que acontece no trabalho não fica no trabalho. A gente vai carregando e revivendo, como uma espécie de estresse pós-traumático. Ninguém pode viver numa situação como essa”, disse.

Já o presidente do Sindecof – sindicato que representa a categoria – , Douglas Almeida,  destacou que o que ocorreu no CFT não foi a primeira vez. “Lá tomou uma proporção maio e teve uma divulgação que talvez os outros casos não tiveram”, pontuou.

O sindicalista ressaltou que os empregados de outros conselhos também passam por situações complicadas, o que demanda ação das entidades sindicais. “A gente precisa ter um olhar para os conselhos, pois a prática de assédios está enraizada. Precisamos que os órgãos de controle tenham uma atuação mais forte em cima desses conselhos. Quero agradecer ainda esse espaço que a deputada abriu para nós, porque com certeza pudemos ser ouvidos e temos a oportunidade de pelo menos tentar buscar ajudar para avançar no fim do nosso sofrimento”, afirmou.

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