sexta-feira, novembro 22, 2024

Em audiência pública, sindicatos expressam preocupação com fechamentos de agências da Caixa

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Em junho deste ano, a Caixa Econômica Federal anunciou o fechamento de 128 agências físicas. Embora tenha garantido a preservação das funções e o remanejamento dos trabalhadores terceirizados, a decisão causou preocupação. Diante dessa cenário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), o Sindicato dos Bancários do DF, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e outras entidades sindicais, passaram a se mobilizar, buscando formas de evitar prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras e garantir a preservação dos postos de trabalho.

Para ampliar o debate, nessa quinta-feira (10), a deputada federal Érika Kokay promoveu uma audiência pública no plenário da Câmara com a participação da representante da Caixa Econômica Federal, Fernanda Martins, e os representantes das categorias impactadas.

Andréia Cristina da Silva, diretora do Sindserviços e da direção da Contracs, compôs a mesa e destacou a importância do debate promovido pela Casa.

“Estamos muito preocupados, porque, com o fechamento das agências, muitos trabalhadores ficarão desempregados, o que sobrecarregará os que ficarem. Não sabemos se esses trabalhadores serão remanejados para as agências que continuarão abertas. Essa é nossa vontade e nossa luta. O que queremos e reivindicamos da Caixa Econômica é uma providência em relação a esses trabalhadores”, disse.

Maria Izabel Caetano, presidenta do Sindiserviços, participou da atividade e falou da necessidade de unidade entre as entidades para ampliar a defesa dos trabalhadores.

“Se a gente não conseguir reverter essa situação, quem mais vai sofrer é o trabalhador terceirizado, que o Sindiserviços representa. Vamos dar as mãos porque senão o rolo compressor vai passar”, disse.

A secretária-geral do Sindicom-DF, da direção executiva da CUT e diretora da Contracs, Geralda Godinho, compôs a mesa e fez uso da palavra.

“Nós, trabalhadores em geral, ficamos perplexos com essa situação. Dentro da agência da Caixa, temos os bancários, os vigilantes, o pessoal da limpeza, os estagiários, o menor aprendiz e até os estabelecimentos comerciais ao redor. Muitas vezes, a referência para os lojistas é abrir onde tem uma agência bancária. Então, o fechamento não afeta somente os trabalhadores e trabalhadoras daquela unidade, mas também toda a economia local”, alertou a dirigente.

A superintendente Nacional de Estratégias de Clientes, Fernanda Martins, representando a Caixa Econômica Federal, garantiu que não haverá demissões.

“Os funcionários das agências que fecharam estão sendo realocados em unidades próximas. A empresa precisa avançar para o campo digital, mas os postos de atendimento estão sendo ampliados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.”

A deputada Erika Kokay também expressou preocupação. “A Caixa é mais que um banco, é a maior articuladora de políticas públicas no país, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e o FIES. O fechamento de agências representa uma ameaça aos empregos e ao futuro social do Brasil.”

Participaram também do debate Paulo Brito, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), e Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Como encaminhamento, ficou decidido que a Caixa Econômica Federal se reunirá com as entidades sindicais nacionais e locais, incluindo a Contracs, o Sinttel-DF, o Sindicato dos Vigilantes, o Sindiserviços, a CNTV, a Fenae, o Sindicato dos Bancários e a Contraf-CUT, para discutir as condições de trabalho e assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

Nenhum posto de trabalho a menos! As entidades continuarão a lutar para garantir que as reestruturações não resultem em desemprego e na precarização das condições de trabalho.

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