quinta-feira, janeiro 16, 2025

Reflexões de um ano de luta

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Por Julimar Roberto*

Vivemos em um cenário político profundamente polarizado, onde a esquerda brasileira se empenha na defesa dos direitos trabalhistas e sociais, combatendo toda forma de injustiça e opressão, enquanto a direita concentra seus esforços em lutar contra a esquerda. No entanto, ao nos aproximarmos do final de 2024, é possível olhar para trás com orgulho e analisar as conquistas que marcaram a atuação de movimentos sindicais, sociais e partidos progressistas ao longo do ano.

A esquerda foi protagonista em ações que reforçaram a luta pela justiça social e a defesa dos mais vulneráveis. Combateram-se veementemente práticas como a tortura e o trabalho escravo, enquanto se lutava por uma educação inclusiva, gratuita e de qualidade. Em uma resposta clara aos desafios do golpismo, reafirmou-se a importância da democracia como alicerce do nosso país.

A regulamentação do trabalho de motoristas por aplicativos foi um marco, refletindo o compromisso com a formalização e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em novas formas de ocupação. Paralelo a isso, a luta contra a violência de gênero e pela igualdade salarial entre homens e mulheres avançou, demonstrando a atenção a pautas estruturais que visam promover a equidade.

As questões ambientais também receberam destaque. O engajamento em iniciativas sustentáveis reafirmou o compromisso com a preservação do planeta para as futuras gerações, enquanto pautas econômicas, como a busca por um ajuste fiscal que combata desigualdades, foram tratadas com a seriedade necessária.

A jornada 6×1 também foi tema de intensa mobilização. A pressão sindical tem sido fundamental para expor os impactos negativos desse regime de trabalho sobre a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Outro ponto alto foi a constante luta por salários dignos e melhores condições de vida e trabalho. Enquanto setores conservadores insistem em políticas que privilegiam os super-ricos, a esquerda manteve sua coerência na defesa da taxação de grandes fortunas e na redução das desigualdades sociais.

Em termos de mobilização social, vimos uma agenda robusta que contou com vários eventos que discutiram temas como diversidade, meio ambiente e formação sindical, realizados em espaços de construção coletiva e reafirmação dos direitos da classe trabalhadora.

Ao final, 2024 foi mais um ano de resistência, mas também de esperança. Apesar dos ataques constantes, a esquerda brasileira mostrou que está do lado certo da história, defendendo princípios éticos e ações concretas que colocam as pessoas no centro das decisões políticas.

Devemos nos alegrar em ter combatido o “bom combate” que foi travado com coragem e determinação, consolidando avanços e pavimentando o caminho para futuras conquistas coletivas.

Que venha 2025! E que seja um ano de muita força e resistência!

*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT

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