sábado, março 29, 2025

Pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, o racismo e o fascismo

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*Por Julimar Roberto

Neste 8 de março, o grito que ecoa nas ruas – “Ainda estamos aqui!” – não é apenas um lembrete do caminho percorrido, mas um chamado urgente para que a luta pela vida, dignidade e igualdade das mulheres resista e persista. O tema, que convoca a resistência contra as múltiplas formas de opressão – o machismo, o racismo e o fascismo – também carrega a exigência de justiça, não permitindo que atos de violência fiquem impunes, ou sejam anistiados.

A trajetória da luta das mulheres no Brasil tem raízes profundas. Durante a ditadura militar, figuras como Eunice Paiva mobilizaram mulheres para denunciar torturas, prisões e perseguições políticas – lutas que transcenderam a mera reivindicação de direitos e se converteram em batalhas pela própria sobrevivência e redemocratização do país. Atualmente, ainda que os contextos tenham mudado, os resquícios do machismo estrutural, do racismo institucional e do autoritarismo mantêm-se em diferentes formas, exigindo que o movimento feminista se renove e se fortaleça para combater essas opressões.

E essa luta não pode ser fragmentada, a força contra um sistema que impõe desigualdades em múltiplas dimensões precisa ser indivisível. Cada manifesto, cada ato e cada intervenção cultural ou política, reforçam que a sobrevivência e a emancipação das mulheres dependem da união em defesa dos direitos humanos.

Ao dizer “sem anistia!”, o movimento assume seu lugar na história, mostrando o protagonismo frente à defesa da democracia e do país. Essa exigência é um eco das lutas contra a ditadura militar, quando as mulheres clamavam por responsabilidade e memória, sem permitir que os opressores escapassem das consequências de seus atos.

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