Trabalhadores e trabalhadores de diversas regiões do país estiveram em Brasília, nessa quarta-feira (29), para protestar contra a PEC 38, proposta de Reforma Administrativa que ameaça o serviço público e os direitos da classe trabalhadora. Em unidade, a marcha, que começou no Museu Nacional da República, seguiu até a frente do Congresso Nacional, exigindo o arquivamento da proposta e reafirmando que o Estado deve servir ao povo, e não aos interesses do mercado.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs), também marcou presença na mobilização, representada pelo diretor Edgar Costa Sperrhake. Para o dirigente, a luta contra a Reforma Administrativa não se limita aos servidores públicos, mas envolve toda a classe trabalhadora.

“Essa reforma é prejudicial não apenas para os servidores, mas para toda sociedade que depende dos serviços públicos. Quando o Estado precariza a saúde, a educação e a assistência, quem mais sofre é o povo trabalhador. É uma reforma que abre portas para a terceirização desenfreada e a precarização dos serviços, afetando diretamente a vida de quem utiliza e de quem presta o serviço”, destacou Edgar.
Durante o ato, lideranças sindicais, confederações, movimentos sociais e centrais sindicais denunciaram o caráter excludente da proposta e reforçaram a necessidade de unidade para derrotá-la.
A PEC 38/2024, de autoria do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), retoma os principais pontos da antiga PEC 32, derrotada em 2021, e pretende alterar as regras do funcionalismo público, reduzindo a estabilidade, ampliando contratações temporárias e abrindo espaço para privatizações.

Para a Contracs, a resistência a essa proposta é uma luta de toda a classe trabalhadora. Defender o serviço público é defender o acesso à dignidade e à cidadania. Por isso a entidade reafirma seu compromisso de estar ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras na luta por um Estado forte, público e a serviço do povo brasileiro.

 
                                    