Somos o último país da América a abolir a escravidão. 144 anos se passaram e ainda vivemos a margem da sociedade e do subemprego. Muitas lutas e batalhas foram travadas pelo movimento negro, que tem sido resistente.
Somente nos governos Lula e Dilma, mais de 100 anos depois da abolição, que a população negra brasileira teve visibilidade em suas vivências e na luta pela existência, através da criação do Ministério da Igualdade Racial.
Houve alguns avanços, e a criação de políticas públicas e ações afirmativas foram pontos cruciais para o desenvolvimento intelectual, educacional e profissional.
Uma política pública e ação afirmativa de extrema importância para a população negra foi a política de cotas raciais. Através dela, milhares de negras e negros brasileiros puderam acessar espaços da sociedade onde as portas eram trancadas.
O número de profissionais negros e negras que conseguiram se formar nas universidades públicas e privadas, ocupa atualmente espaços inimagináveis e representa um grande avanço.
Infelizmente, após o impeachment da única mulher eleita presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, aqueles que assumiram o poder fizeram grandes estragos à população brasileira. Mais ainda com a eleição do governo fascista do ex- presidente Jair Bolsonaro. Nesse governo, muitas máscaras caíram, evidenciando o Brasil como um país racista.
Com a queda governo golpista e fascista de Jair Bolsonaro e com a vitória da democracia, por meio da eleição do governo Lula, o país volta a respirar, trazendo esperança e a retomada de projetos apagados pelo fascismo.
Com o resgate do Ministério da Igualdade Racial, sob o comando de Anielle Franco, muitas expectativas cercam a população negra, visando muitos embates, lutas e conquistas, a fim de promover a igualdade racial no Brasil, na educação, no trabalho e na vida.
Seguimos confiantes e resistentes, na luta por um Brasil mais diverso e com oportunidades para todos.
Por* Paloma Santos, presidente do Sindilimpeza-Cubatão e Secretária da Igualdade Racial da Contracs-CUT