Entre os dias 5, 6 e 7 de maio de 2023, a CUT São Paulo sediou o 4° encontro Nacional do coletivo LGBTQIA+ da CUT, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos em parceria com o Solidarity Center AFL-CIO. Representantes de sindicatos e ramos de vários estados do Brasil estiveram presentes para organizar, mobilizar e ampliar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+ representados pela Central.
As mesas de discussão foram de extrema importância para ampliar de forma mais objetiva os cenários atuais das lutas LGBTQIA+, pelo Brasil e pelo mundo. Uma das mesas foi composta pela Secretária Nacional LGBTQIA+, Symmy Larrat, que está lotada no Ministério de Direitos Humanos do Governo Federal e explicitou todas as ações que a secretaria vem tomando, além dos programas a serem lançados para dar visibilidade e oportunidades para a população LGBTQIA+. A mesa também contou com um representante da OIT, que trouxe um panorama internacional, e o representante do DIEESE, que apresentou um levantamento profundo sobre dados referentes às cláusulas de convenções coletivas de trabalho para a população LGBTQIA+.
Embora o número de cláusulas tenha aumentado, ainda existe uma lacuna muito grande de disposição de direitos, o que distancia o trabalhador LGBTQIA+ dos sindicatos. Além disso, foi discutida a importância de fazer esses debates com a base, com as direções e nas mesas de negociações. Vale ressaltar que CUT é a única central que discute de fato o mundo do trabalho para a população LGBTQIA+.
Durante o encontro, foi evidenciada a importância de ramos e sindicatos criarem seus próprios coletivos para fortalecer a luta. Doze estados já possuem coletivos Cutistas formados, o que reforça a necessidade de ampliar a mobilização em torno de um projeto nacional.
No encontro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) estava representada por sua secretária de Combate ao Racismo, e presidenta do Sindilimpeza – Baixada Santista, Paloma dos Santos, e pelo diretor de Políticas Públicas do SINTHORESS – litoral de São Paulo, Octaciano de Oliveira Neto. Eles destacaram a importância da criação de um Coletivo LGBTQIA+ do Ramo de Comércio e Serviços da CUT e assumiram o compromisso com esse desafio.
Segundo Paloma, a Contracs-CUT se compromete em seguir apoiando e lutando por essas causas.
“A iniciativa de criação de um Coletivo LGBTQIA+ em nosso ramo é fundamental para fortalecermos a luta pelos direitos e pelo respeito à diversidade nos ambientes de trabalho. Essas pautas não podem ser exclusivas da população LGBTQIA+, elas precisam ser abraçadas por todo o conjunto da classe trabalhadora. Por isso, reforço a importância de incluirmos, em nossas lutas e debates, a discussão sobre a interseccionalidade das opressões”, enfatizou.
