A CUT-RS, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos comprometidos com a luta contra os juros altos promovem nesta terça-feira (1º), às 11h, um novo ato pela queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano, a mais alta do mundo.
O protesto também exigirá a saída imediata do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) e com mandato até 31 de dezembro de 2024.
A manifestação, que integra a Campanha Nacional pela Redução dos Juros, será realizada em frente à sede do BC, na Rua 7 de Setembro, 586, no Centro Histórico de Porto Alegre.
O ato ocorrerá no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária do BC, que anunciará no dia seguinte a taxa de juros para o próximo período.
Juros altos aprofundam desigualdade
“Temos que impedir a continuidade desta política cruel e perversa do presidente do BC, que aumentou o endividamento do povo brasileiro e trava o crescimento econômico e a geração de emprego e renda. Juros altos só favorecem os ganhos dos banqueiros e especuladores, aprofundando ainda mais a desigualdade social”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
Para ele, é hora de reconstruir o país ouvindo a voz dos trabalhadores e das trabalhadoras. “É imprescindível baixar os juros em defesa do Brasil, a fim de aquecer a economia e melhorar a vida da classe trabalhadora”, ressalta.
Amarildo reitera a necessidade da saída de Campos Neto, que vem sabotando o crescimento da economia brasileira com a manutenção das altas taxas de juros. “O BC não pode ser independente das políticas do governo eleito pelo voto e ficar sob controle do sistema financeiro, que é quem enriquece ainda mais com os juros altos”, ressalta.
“A chamada autonomia e independência do BC coloca em risco o projeto nacional de nação e, por isso, lutamos pelo afastamento do Campos Neto. Que ele saia para que o projeto de reconstrução e desenvolvimento do país não fique submetido aos interesses do capital financeiro”, salienta o dirigente da CUT-RS.
Plenária unificada
Após o ato, os dirigentes sindicais se deslocarão até o plenarinho da Assembleia Legislativa, onde será realizado ao meio-dia uma plenária unificada, organizada por sindicatos e as bancadas do PT, PSol e PCdoB, em defesa da Corsan pública.
“Vamos reforçar a luta contra a privatização e pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escandaloso e sigiloso processo de venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan)”, destaca Amarildo.
Para a instalação de uma CPI são necessárias 19 assinaturas de deputados e deputadas. Até agora somente aderiram os deputadas e as deputadas do PT, PSol e PCdoB.
Redação da CUT