Por Julimar Roberto
Nesta semana, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) está completando 41 anos e, como dirigente sindical, eu não poderia deixar de refletir sobre a importância dessa organização para a classe trabalhadora brasileira e mundial. Desde sua fundação em 1983, em São Bernardo do Campo, a CUT tem sido uma força motriz na luta por melhores condições de trabalho e por uma sociedade mais justa e democrática.
Quando olhamos para a trajetória dessa Central, é impossível ignorar seu impacto no mundo do trabalho. A CUT surgiu em um período de transição política no Brasil, em meio ao enfraquecimento da ditadura militar e à reorganização dos movimentos sociais. Com ela, nascia o “novo sindicalismo”, que se opunha ao sindicalismo oficial e corporativo, propondo uma representação verdadeira e combativa.
A CUT não apenas organizou os trabalhadores e trabalhadoras da cidade, do campo, das águas, das florestas, do setor público e privado, mas também liderou lutas históricas que resultaram em conquistas essenciais, como a garantia de direitos trabalhistas e a promoção da igualdade e da solidariedade. A CUT foi e continua a ser fundamental na defesa da liberdade e da autonomia sindical, permitindo que a classe trabalhadora tenha autonomia sobre suas formas de organização.
Ao longo de seus 41 anos, a CUT se consolidou como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a quinta maior do mundo. São milhões de trabalhadores e trabalhadoras organizados e representados por essa Central, que luta incansavelmente pela valorização do trabalho e pelo desenvolvimento com distribuição de renda. E sua atuação foi além! A eleição de um operário à presidência da República em 2002 é apenas um dos muitos exemplos de como a CUT tem sido capaz de influenciar positivamente o cenário político, econômico e social.
O compromisso da CUT com a universalização dos direitos, com a inclusão social e com o fortalecimento da democracia faz dela uma entidade essencial para a construção de um país mais justo e igualitário. Em um mundo cada vez mais globalizado, onde políticas neoliberais e práticas especulativas ameaçam os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, a CUT se mantém firme na defesa da soberania nacional e na promoção de alternativas de desenvolvimento que priorizem as pessoas.
Como parte desse movimento, sinto orgulho de ver a CUT continuar sua luta, que é a luta de todos nós, trabalhadores e trabalhadoras. A Central nos ensinou que juntos somos mais fortes e que, organizados, podemos transformar o mundo. Hoje, ao celebrar esses 41 anos de história, renovamos nossa unidade na construção de um futuro melhor para todos e todas. Que venham muitos mais anos de lutas e conquistas! Vida longa à CUT!