O Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (6), tem por objetivo lembrar e conscientizar sobre a importância da igualdade da mulher na sociedade. A data surgiu nos Estados Unidos em 26 de agosto de 1920, quando foi aprovada a 19ª Emenda da Constituição Americana – que garantia o direito de voto às mulheres.
De lá para cá, houve avanços importantes, como o paulatino avanço das mulheres no mercado de trabalho. Politicamente, o direito de voto feminino se expandiu no Ocidente. Mas ainda há muito por avançar na busca pela verdadeira igualdade.
No Brasil, por exemplo, a maioria do eleitorado que vai às urnas em outubro de 2024 para as eleições municipais é do sexo feminino. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas são 81,8 milhões aptas a votarem, ou 52% do eleitorado. Entre as candidaturas registradas para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, no entanto, elas são minoria.
São 155.00 candidaturas de mulheres, em todo o Brasil, o que corresponde a 34% do total. A legislação atual obriga que os partidos reservem no mínimo 30% das candidaturas para Câmaras municipais às mulheres.
Para marcar o Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher, a TVT News divulga o ranking de participação feminina por partidos:
Participação feminina
A UP, única legenda com maioria de candidaturas femininas, lidera, com 53%. Logo atrás, aparecem PCdoB, Psol, PV e PSTU, com mais de 39% de mulheres candidatas. Na outra ponta, o PCB aparece com o menor índice de mulheres entre as candidaturas – abaixo da cota mínima, inclusive. Na sequência, estão MDB, Mobiliza, PL, PP e PSD, todos com 33% de candidaturas femininas.
Nesse sentido, o levantamento serve para orientar o eleitorado – principalmente as eleitoras – sobre as legendas que privilegiam a participação feminina e, por outro lado, aqueles partidos que ainda reproduzem o machismo estrutural que permeia a sociedade brasileira.
Mulheres que valem ouro
Além disso, matérias especiais também destacam mulheres que ajudaram a construir a identidade nacional. Anna Carolina Longano, por exemplo, enaltece a participação feminina do Brasil nas Olimpíadas. “As três medalhas de ouro do Brasil vieram pelas mãos, braços, pés, pernas e corpo inteiro de quatro mulheres: Beatriz Souza, Rebeca Andrade, Duda e Ana Patrícia”. Segundo ela, os perfis únicos de cada uma das atletas douradas impõem a necessidade de quebrar a ideia do “GRANDE ÚNICO FEMINISMO BRASILEIRO“.
Em outro artigo, Ciça Carboni presta homenagem a Therezinha de Godoy Zerbini. Dona Therezinha, como era conhecida, abrigava estudantes e militantes perseguidos pela ditadura. Chegou a ser presa na Operação Bandeirantes, no Dops e no Presídio Tiradentes. Mesmo casada com um general do Exército, provocou a ditadura militar ao organizar o Movimento Feminino pela Anistia (MFPA), em 1975. Dois anos mais tarde, o movimento criou o Boletim Maria Quitéria, “convocando a patrona do Exército a combater o poder arbitrário e masculino, instituído pelo golpe civil militar de 1964”.
Por:TVT News
Foto: Fernanda Frazão/Agência Brasil