Por Julimar Roberto
O mercado de trabalho está em recuperação sólida, impulsionado por políticas públicas que colocam a criação de empregos e a valorização do trabalhador no centro da agenda, é o que indica o novo Boletim de Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Dados recentes apontam que a força de trabalho e a população ocupada atingiram os maiores níveis registrados desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, revelando a dimensão das conquistas recentes. Esse cenário é reflexo direto das políticas progressistas implementadas pelo governo do presidente Lula.
Com uma força de trabalho de 109,4 milhões de pessoas e 102,5 milhões de trabalhadores ocupados no terceiro trimestre de 2024, o país alcança números que não víamos há anos. Além disso, a taxa de desemprego caiu para 6,9%, o menor nível desde 2014. A criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada só no segundo trimestre deste ano é uma evidência concreta de que a recuperação do emprego formal está em curso, com um aumento de 3,8% no período, resultado de uma política de fortalecimento dos direitos trabalhistas.
Essa recuperação não é por acaso. Ela reflete o compromisso de um governo que sempre valorizou o trabalhador e soube criar um ambiente propício para o crescimento econômico e a geração de empregos. Ao compararmos esse cenário com os anos de desmonte social que sucederam o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, a diferença é alarmante. Durante os governos direitistas que vieram após o golpe, a precarização do trabalho e o crescimento do desemprego foram marcas registradas. A reforma trabalhista de 2017, promovida por Michel Temer, prometia modernizar as relações de trabalho, mas na prática, resultou na perda de direitos e no aumento do trabalho informal e da subocupação.
Sob o governo de Jair Bolsonaro, o cenário – que já era ruim – piorou. A pandemia de COVID-19, somada à falta de um projeto robusto de recuperação econômica, agravou o desemprego, o desalento e as desigualdades regionais. O resultado foi uma crise social profunda, com milhões de brasileiros sem perspectivas de reintegração ao mercado de trabalho. A política de enfraquecimento das instituições públicas, a negligência com as áreas sociais e o desprezo pela classe trabalhadora quase devastaram o Brasil.
No entanto, com a volta de Lula, estamos presenciando a retomada de uma agenda voltada para o desenvolvimento inclusivo e a valorização do trabalho. Setores como transporte, informática e serviços pessoais lideram o crescimento do emprego formal, refletindo o potencial de uma economia que se diversifica e aposta em áreas de alta demanda. A renda média do trabalhador cresceu 5,8% no segundo trimestre de 2024, enquanto a massa salarial real aumentou expressivos 9,2%, representando um acréscimo de R$ 27 bilhões na economia.
Mesmo com tamanho avanço, os desafios ainda são enormes, como as desigualdades regionais e o alto número de pessoas fora da força de trabalho, mas o caminho traçado pelo governo Lula é o correto. A priorização de políticas que tragam os desalentados de volta ao mercado de trabalho e o combate à informalidade são passos essenciais para consolidar essa recuperação. O Brasil, que nos últimos anos parecia destinado a uma crescente desigualdade, volta a ser uma nação que valoriza o emprego digno, a educação e o bem-estar social, e é com satisfação que damos as boas-vindas de volta ao país do futuro.
Foto: REUTERS/Amanda Perobelli