Com uma programação repleta de debates, oficinas e atividades formativas, o Encontro Nacional de Mulheres da Contracs teve início nessa terça-feira (28), reunindo trabalhadoras do comércio e serviços de diversas regiões do país em um ambiente de aprendizado, acolhimento e fortalecimento coletivo.
Temas centrais ao debate feminista e sindical como a “Economia do Cuidado e a Invisibilidade do Trabalho Feminino” trouxe à tona problemas comuns ao universo feminino, evidenciando como o trabalho não remunerado das mulheres sustenta a economia e o cotidiano das famílias brasileiras. A discussão abriu o segundo dia de trabalhos e teve como palestrantes a representante do Dieese, Sandra Bortolon, e a dirigente do Sindicato dos Comerciários de São Miguel do Oeste e representante da CUT-SC no Conselho Estadual de Direitos Humanos, Lucilene Binsfeld.
Na sequência, o Workshop “Liderança Feminina e Organização Sindical”, conduzido pela diretora do SindSaúde-ES, Elbia Miguel Alves, incentivou as participantes a refletirem sobre o papel das mulheres na condução dos sindicatos e nos espaços de poder.
Durante a tarde, o Painel “Combate às Violências de Gênero no Mercado de Trabalho e no Sindicalismo”, ministrado pela representante da OAB do Espírito Santo, Arlete Luzia Brito, abordou as múltiplas formas de violência enfrentadas pelas mulheres e os desafios para garantir igualdade e segurança nos ambientes de trabalho e representação. O dia encerrou com um momento de descontração e integração entre as participantes, com atividades interativas e premiações.
Para a secretária de Mulheres da Contracs, Marlene Lima. o encontro representa um marco de unidade e fortalecimento da luta por igualdade.
“Cada debate reafirma que o feminismo e o sindicalismo caminham juntos. As mulheres trabalhadoras não querem apenas ocupar espaços, mas transformá-los. É essa força coletiva que move a Contracs e inspira novas lideranças em todo o país”, afirmou a dirigente.
A programação segue até quinta-feira (30), com debates sobre comunicação sindical, interseccionalidade e o papel das mulheres no sindicalismo, além da plenária final e leitura da carta de compromissos.
