Contracs participa do Encontro das Confederações
Nesta segunda-feira, dia 29, a Confederação Nacional dosTrabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs) participaou do Encontro das Confederações no auditório da Contraf, em São Paulo.
A secretária de mulheres Mara Feltes, a diretora Maria Lauzina Morais, a secretária de relações do trabalho Maria do Rosário, o secretário de formação Olinto Teonácio Neto, o secretário de organização e política sindical Valeir Ertle, o secretário de saúde e segurança Domingos Braga Mota, o secretário de administração e finanças Nasson Antonio, o secretártio geral Djalma da Silva Sutero e o presidente Alci Matos Araujo representaram a confederação no evento.
Durante a abertura, o presidente da Contraf Carlos Alberto Cordeiro da Silva ressaltou que a ideia de juntar vigilantes, comerciários e bancários não é novo. Ele destacou que o trabalho com os vigilantes é mais antigo devido à proximidade das duas categorias. “De um tempo para cá temos nos aproximado dos comerciários devido à financeirização do mundo.” falou Carlão. Ele citou como exemplo os correspondentes bancários dos correios e as lojas de departamentos que tem recebido, cada vez mais, o pagamento de contas.
O presidente da Contraf também destacou a ação da CUT através do macrossetor que uniu setores diferentes em um encontro único.
Alci Matos Araujo, presidente da Contracs, iniciou suas falas destacando o crescente número de clientes que hoje vão às lojas de departamento para pagar suas contas. “Esse tema é tão importante que a nossa Central tem como meta unir os ramos através do Macrossetor. Isso veio em uma boa hora.” O presidente destacou a importância de fazer grupos de trabalho para lidar com isso e com o objetivo de potencializar os trabalhadores.
José Boaventura Santos, presidente da confederação dos vigilantes, também pontuou a necessidade de enfrentar esse tipo de debate. “Acho que esse encontro é uma oportunidade primordial.” José destacou os avanços da categoria dos vigilantes com os bancários. “Nossa relação é muito boa tanto que há apoio recíproco das duas categorias durante as greves.” O presidente da CNTV destacou que as grandes redes, hoje, tem segurança para proteger as mercadorias e não as pessoas. Segundo ele, esta abordagem do debate está voltado para o capital e não para a unidade da classe trabalhadora.
Sandra Oliveira, assessora da secretaria de relações do trabalho da CUT tomou a palavra e pontuou a importância do evento. “A organização é um tema frágil dentro da CUT e temos que fortalecer essa luta. Por isso, quando uma confederação neste debate é uma coisa, mas quando tem 3 é diferente. Ou a gente se une para a luta ou a gente toma pau.” destacou.
Jacy Afonso, secretário de organização e política sindical da CUT, destacou que o trabalho terceirizado deve ser feito pela especialização e não pela terceirização. Neste sentido, ele afirmou: “Nós temos muita coisa em comum. E a primeira coisa é a exploração do trabalho pelo capital.” Além disso, o diretor da CUT mencionou a Convenção 94 da OIT, da qual o Brasil é signatário e impede a subcontratação dos trabalhadores.
Após a abertura, cada entidade apresentou seu perfil e sua organização sindical.
Na parte da tarde, os grupos se separaram para um trabalho em grupo onde pontuaram os principais problemas e os principais desafios de cada entidade ressaltando pontos comuns para a possível construção de uma pauta em comum.
Como encaminhamento, o grupo definiu: unificação da data-base; construção de uma radiografia do setor de serviços; mobilização em conjunto com um Dia Nacional contra o assédio moral e metas abusivas; um jornal em conjunto; o combate ao projeto de terceirização; conferência nacional do consumidor; fim da rotatividade – C 158 OIT; isonomia de tratamento e atualização do estatuto de segurança.