Até a próxima sexta (10), federação passará por cidades da capital e interior do estado
Uma delegação com representantes da Contracs partiu em um ônibus de São Paulo rumo ao Rio Grande do Sul onde percorrerá 3.500 quilômetros para discutir com trabalhadores da capital e interior daquele estado estratégias de reorganização da classe trabalhadora.
Até sexta-feira (10), em parceria com dirigentes da Fetracs (Federação dos Trabalhadores do Comércio e Serviços do Rio Grande do Sul), a confederação visitará Porto Alegre, Santa do Livramento, Pelotas e Camaquã, cidades onde acontecerão debates e panfletagens.
Nesta segunda-feira (6), além da de uma oficina na sede do Semapi (Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias e Informações e Pesquisas de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul) que apontou os objetivos da caravana, gestão financeira e negociação coletiva, os representantes da Contracs participaram de panfletagens em empresas de teleatendimento que compõem a base do sindicato. Também nesta segunda, os dirigentes conversaram com o cônsul de Gana no gabinete da Superintendência Regional do Trabalho, Willis Urbano Taranger.
Presidente da Contracs, Alci Matos, ressalta a importância de dialogar diretamente com os trabalhadores para reorganizar as frentes de resistência à reforma trabalhista e lembra que a atividade dá prosseguimentos às caravanas que já passaram pelo Nordeste.
“Esse processo é muito rico porque temos a troca de informações e levamos nossa parceria e solidariedade para os companheiros que estão juntos conosco na trincheira de luta contra o fim de direitos como a CLT e as constituições dignas de trabalho. É dessa forma, ao lado de nossos companheiros, que construímos a unidade. Temos iniciativa de discutir organização, mobilização e reconstrução do movimento sindical após a reforma trabalhista”, apontou.
Para o presidente da Fetracs, Edgar Costa Sperrhake, a caravana é uma oportunidade de mostrar à base que somente a organização sindical é capaz de fazer frente às tentativas dos patrões de acabar com direitos.
“Essa parceria entre a Contracs e a Fetracs faz com que possamos estar em sintonia com as categorias que representamos e ainda sofrem com muitas dúvidas sobre os efeitos nefastos da reforma que é divulgada pela mídia como algo bom para o trabalhador”, apontou.
Para a também dirigente da Contracs, Mara Felts, os encontros são uma forma de mostrar que é possível manter viva a luta sindical, desde que as organizações estejam alinhadas aos trabalhadores. “A CUT defende que devemos estar onde as coisas acontecem no local de trabalho e é exatamente isso que estamos fazendo”, explicou.
Retorno – Além do cumprimento das normas trabalhistas, o contato com os trabalhadores permite que os dirigentes conheçam o que as categorias representadas pelos sindicatos esperam das entidades, conforme destacaram os dirigentes do Semapi Paulo Rocha, João Ricardo e Milton Vieira que participaram da mobilização nas empresas de teleatendimento.
“Os trabalhadores questionam sobre negociação coletiva, índices e procuram informações sobre os convênios para filiação. A reforma promove exatamente o contrário do que Temer e os golpistas esperavam, não acabam, mas fortalecem o sindicato, a importância que deve ter junto à classe trabalhadora como instrumento de luta”, disse Ricardo.