A atividade aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
Não está fácil, gente. Este desgoverno que está aí tirou os direitos da classe trabalhadora com a ‘deforma’ trabalhista e previdenciária. Ele é um homem que nos descrimina quando abre a boca e diz que nunca votou a favor da trabalhadora doméstica”, declarou Creuza Maria Oliveira, presidenta de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), durante reunião com Lula, nesse domingo (4). A atividade aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
Emocionada, Cleide Silva, secretária Geral da Fenatrad entregou uma carta compromisso contendo todas as demandas da categoria ao candidato à Presidência pelo PT e disse ser muita responsabilidade falar em nome das empregadas domésticas, mas que todas concordavam que as coisas estão muito difíceis no “desgoverno” de Bolsonaro.
“Eu não posso deixar de falar que tenho dois filhos e eles são formados graças ao governo Lula. O filho da trabalhadora doméstica tem canudo graças ao governo Lula, ao governo Dilma. Uma trabalhadora doméstica ter dois filhos com canudo. Porque, se você tem dinheiro, você consegue uma faculdade, mas se você não tem… tem que ter um governo comprometido com as trabalhadoras, com o povo. Então, nessa linha de pensamento, para a nossa categoria, é muito importante a volta do governo do PT”, defendeu a dirigente.
Em sua fala, Lula ressaltou que o PT fez história ao garantir a paridade de direitos entre os trabalhadores e trabalhadores no Brasil e enfrentou o legado do racismo e da escravidão.
A PEC das Domésticas, por exemplo, assinada por Dilma Rousseff, em 2015, assegurou direitos trabalhistas como férias e 13° salário para 1,8 milhões de trabalhadoras.
A deputada Benedita da Silva (PT/RJ), relatora da PEC na época, incluiu mais 16 direitos para as domésticas, entre eles, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), remuneração do trabalho noturno superior ao diurno, jornada de 44 horas semanais, hora extra, salário-família e igualdade de direitos entre trabalhador com vínculo e avulso e muito mais.
“A gente tem de estar se vigiando todo dia, se a gente está tratando as pessoas com respeito, com carinho e se a gente está pagando aquilo que é o correto pagar. Tem muita gente boa de coração que acha que R$ 1,3 mil não é nada, mas quando tem de pagar no final do mês pra empregada, acha que é muito. Precisamos valorizar o trabalho doméstico”, disse.
Lula concluiu dizendo. “Em vez de ficar dando palpite, eu me comprometo a ler o documento que vocês entregaram. E o Alckmin, além de ler, vai entregar para a dona Lu; o Haddad vai ler e entregar para a Ana Estela. E eu vou entregar para a Janja, porque elas entendem mais do que nós três sobre o que é ser mulher”, disse Lula.