Evento encerrou nesta quinta com construção de propostas e o debate do orçamento participativo da CUT
Nesta quinta-feira, os dirigentes que participam do Encontro Nacional de Finanças da Contracs começaram as atividades do dia com os trabalhos de grupo para levantar propostas para a construção de uma política de sustentação financeira em conjunto com o ramo e reavaliar o modo de sindicalização e as possibilidades de mudança. Os participantes foram divididos em 3 grupos para debater.
Após os trabalhos de grupo, o secretário de administração e finanças da CUT Quintino Severo falou na mesa intitulada Política de finanças – Orçamento participativo da CUT. Para o secretário de administração e finanças da Contracs, Nasson Antonio de Oliveira, este é um debate muito importante por ser um tema novo.
O secretário de finanças da CUT destacou ser uma honra participar do debate e ressaltou que a CUT vem discutindo o orçamento participativo nos estados, faltando apenas 4 estados para concluir o Brasil. “É uma experiência nova e estamos engatinhando neste processo” destacou Severo. Além disso, ele ressaltou que há diferença entre o orçamento participativo realizado pelo poder público e a proposta da CUT. Segundo ele, o orçamento participativo do poder público geralmente destina apenas uma parte de todo o orçamento, pois a outra parte já está comprometida com investimentos específicos.
Para Severo, o orçamento participativo da CUT deve servir como uma ferramenta para ampliar a capacidade de fazer política. “Não estamos aqui para falar de números, mas para fazer política porque o que manda nas finanças é a política e não a política que manda nas finanças.”
O dirigente ainda destacou que a CUT tem feito conforme estabelece o seu estatuto, permitindo a discussão nos estados, nas confederações e na direção da CUT Nacional. “Agora, a CUT está fazendo o debate nos estados, depois faremos junto à direção nacional e depois com as confederações que tiverem interesse.”
Em sua apresentação, Quintino Severo destacou os princípios do orçamento participativo da CUT que reafirma que ele será feito com as entidades que estiverem a serviço dos trabalhadores; que garantam uma gestão democrática, transparente e participativa; que garantam que as finanças estejam a serviço do projeto político e de acordo com as diretrizes de seu planejamento estrtégico; que possibilitem que os trabalhadores percebam que a ação sindical das entidades lhes diz respeito e são investidos na defesa dos seus interesses.
Ele ainda destacou que em suas resoluções a CUT defende a autonomia e sustentação financeira para a consolidação da organização sindical em uma busca permanente de formas de sustentação financeira definidas de forma soberana pelos próprios trabalhadores.
Entre as etapas de construção do orçamento participativo, Quintino destacou que a primeira etapa engloba a estruturação e sensibilização com formação de Gts, estabelecimentos de roteiros, estudo da realidade financeira, sensibilização com visitas e levantamento das necessidades; a segunda etapa fará a elaboração do orçamento com discussão geral, negociação das dívidas, cortes e ajustes e reapresentação do orçamento com os ajustes e aprovação final e a execução orçamentária e controle com a execução efetiva do orçamento com controle operacional e avaliação.
Após a apresentação, o plenário foi ao debate para enriquecer ainda mais suas experiências e trocar informações e conhecimentos.
Em seguida, o presidente Alci Matos Araujo e o secretário de administração e finanças Nasson Antonio de Oliveira lançaram, na presença do Quintino Severo e do contador Joacir Gonçalves, a Revista de Gestão Sindical da Contracs, que deverá atender às entidades filiadas em outras dúvidas e informações sobre as finanças das entidades sindicais.
A cartilha, que já havia sido editada anteriormente, foi relançada com atualização das informações e do conteúdo para manter-se útil aos sindicatos.
Após o lançamento da cartilha, Marcelino França encerrou as atividades apresentando e demonstrando as soluções estratégicas para as entidades sindicais desenvolvidas pela Direta informática.
