Evento foi promovido pela Rede Nacional de Pesquisas e Estudos em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (Renapedts)
Na noite desta quarta-feira (30), a Universidade de Direito de São Paulo reuniu em um ato público diversas entidades jurídicas, sindicais e sociais em repúdio à terceirização. Intitulado de Ato Público Contra a Terceirização: Muito além do PL 4330, o evento foi organizado pela Rede Nacional de Pesquisas e Estudos em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (Renapedts) e acontecerá em diversas universidades brasileiras nesta última semana de abril.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) participou do debate e foi representada pelo seu presidente Alci Matos Araujo. O secretário de saúde e segurança do trabalhador, Domingos Braga Mota, também esteve presente.
O diretor executivo da CUT, Júlio Turra, representou a Central e destacou que o grande sonho dos terceirizados é ser um trabalhador contratado pela empresa. “Porque o trabalhador terceirizado é um trabalhador de segunda categoria e isso vai contra a mais elementar ideia de democracia e isonomia no trato da relação do trabalho X capital.” destacou. “Nossa ideia não é acabar com o trabalhador terceirizado, mas acabar com aquele que o explora.”
Já o presidente da Contracs, Alci Matos Araujo, destacou que sua base de representação possui muitos trabalhadores terceirizados e, portanto, a confederação conhece a realidade pela qual estes trabalhadores e trabalhadoras passam com precarização, salários menores aos trabalhadores direto, preconceito e falta de conhecimento de sua representação sindical. O dirigente destacou ainda a inúmera quantidade de terceirizado existente na base da Contracs que atua no setor público e destaca que a luta da terceirização é em prol de todos estes trabalhadores. “Mas vamos ter que lutar por isso, porque estes trabalhadores estão colocados em situação precarizada, em situação marginalizada. Vamos lutar pelo respeito à sua dignidade humana e ao seu salário digno e justo, que está sendo diferenciado no Brasil.” E emendou: “Neste sentido, a nossa confederação trabalha direitos iguais para todos e todas, homens e mulheres, direito não se reduz, se amplia e essa trajetória tem sido a nossa defesa intransigente por estes trabalhadores do Brasil.”
O ato seguiu com a fala de muitas outras entidades e mostrou, de fato, que o PL 4330 é apenas uma das vertentes a ser combatida dentro do aspecto da terceirização. Para tanto, trabalhadores, magistrados, advogados e movimentos sociais precisam se manter unidos dentro desta luta.