quinta-feira, novembro 21, 2024

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) participa, de 6 a 8 de novembro, da XV Conferência Latino-americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (REL-UITA) em Punta Cana. A Confederação é representada pelo presidente, Alci Matos Araujo; pelo secretário de relações internacionais, Eliezer Gomes e pelo coordenador do setor hoteleiro, Antonio Carlos da Silva Filho. O evento, que foi aberto com a participação de 101 delegados representando 18 países, está sendo coordenado pelos dirigentes Norberto Latorre e Gerardo Iglesias, Presidente e Secretário Regional, respectivamente, e tratou, num primeiro momento, de uma análise profunda sobre a conjuntura social, política e econômica do continente. Gerardo Iglesias, que iniciou a avaliação conjuntural, falou aos participantes da conferência sobre a dura realidade enfrentada pelos países da América Latina. O dirigente afirmou que o continente enfrenta na atualidade, um verdadeiro clima de repressão, ditadura e retrocesso político, que infelicita milhões de pessoas fadadas a voltarem a viver uma situação de miséria absoluta diante do avanço da direita e a nova ordem imposta pelo capitalismo na região. Iglesias alertou para a investida violenta contra as mulheres e os movimentos social e sindical; e mostrou-se preocupado com o que acontece no Brasil em especial, pela sua importância no continente e pelo retrocesso que ameaça a nação brasileira. Para ele, a esquerda e o movimento sindical precisam repensar suas estratégias, ampliar seus horizontes, abrir espaços para a juventude e buscar uma maior inserção no conjunto da sociedade. Alci Matos: “O momento é de resistência! Durante os debates sobre a conjuntura, o Presidente da Contracs, Alci Matos Araujo, fez uma contundente intervenção, pontuando a situação de profundo retrocesso na América Latina e da realidade brasileira pós-consumação do golpe de Estado promovido no país pelas forças reacionárias. Alci destacou que o momento é de resistência por parte do movimento sindical e das forças populares e progressistas, enfatizando que a palavra de ordem é FORA TEMER, um presidente ilegítimo, corrupto e que, a serviço dos grandes grupos políticos e empresarias, aponta concretamente para a retirada de direitos dos/as trabalhadores/as e a entrega de nossas riquezas, a exemplo do pré-sal e da Petrobrás aos grandes grupos internacionais. O dirigente falou do revés sofrido pela esquerda nas últimas eleições, apontando como causa principal toda estratégia das forças políticas de direita compostas no Congresso Nacional por poderosos grupos representantes do agronegócio e corporações religiosas, em consonância com a classe empresarial (financiadores do golpe e do processo eleitoral) e uma hipermanipulação social capitaneada pela imprensa golpista. Finalizou dizendo que a luta da Contracs, em parceria com os demais setores progressistas, continua. “Estaremos dando continuidade ao processo de mobilização e politização da classe trabalhadora brasileira”, sentenciou Alci. Em seu primeiro dia, a Conferência tratou ainda de outras questões de interesse do setor alimentício latino-americano ficando para os demais dias temas diversos e as resoluções. Dirigentes da CONTRACS, Antônio Carlos e Eliezer Gomes avaliam o evento Para o coordenador do setor hoteleiro da Contracs, Antonio Carlos da Silva Filho, o primeiro dia de Conferência já deixou muito claro que o movimento sindical Latino-americano tem pela frente grandes desafios, que requerem o estabelecimento de novas atitudes começando pela busca incessante da unidade, pois, só assim poderemos nos fortalecer e promover a reversão dessa realidade. Antônio Carlos disse ainda que o trabalho realizado pela Confederação tem sido pioneiro no setor hoteleiro brasileiro com ações concretas junto aos trabalhadores e trabalhadoras, e destacou como inovador e revolucionário a mobilização, formação e politização das Camareiras. Já o Secretário de Relações Internacionais, Eliezer Gomes, classificou como extremamente importante o evento, não só por tratar-se de uma reunião continental de um segmento importante da classe trabalhadora, mas, principalmente, pelo conteúdo dos debates e pela confirmação diante dos fatos de que realmente existe uma onda de ataques aos trabalhadores no planeta. Para ele, a América Latina tem sido nitidamente um alvo prioritário. “A conferência está nos dando uma grande oportunidade de fazermos, em conjunto com outros países, uma apurada reflexão, mais mobilização e estabelecendo diretrizes e estratégias para o enfrentamento do capitalismo que volta com força e ameaça o futuro dos trabalhadores.”

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Confederação apresentou relatório sobre as práticas da empresa no Brasil

Durante os dias 26 e 27 de outubro, a Contracs participou, na cidade de Johannesburgo – África do Sul, da 4ª Reunião anual da Aliança Global Walmart.

O evento reuniu sindicalistas ligados ao Walmart de diversos países de todos os continentes e tem como principal objetivo focar e unificar a luta dos trabalhadores daquela transnacional norteamericana – considerada a maior empresa de varejo do mundo – em defesa de seus direitos e por dignidade.

Na reunião, relatórios contendo o histórico de mais um ano de ações, desafios e conquistas em relação aos trabalhadores e trabalhadoras do Walmart foram apresentados em plenário pelos representantes regionais, bem como novos desafios e perspectivas para o próximo ano.

O companheiro Eliezer Gomes, secretário de relações internacionais, que representou a CONTRACS no evento, apresentou um relato completo sobre as práticas da empresa no Brasil, as ações desenvolvidas pela entidade, conquistas e novos objetivos.

Durante os dois dias de reunião, diversos temas foram abordados e exaustivamente debatidos entre os participantes, tais como: as mudanças tecnológicas no setor e no Walmart, uberização dos serviços, construção de poder através da sindicalização, sindicalização nos centros de distribuição, desenvolvimento do diálogo social com o Walmart, dentre outros.

No último dia, falou-se sobre questões específicas de alguns países e, em grupos de reflexão, criou-se uma plataforma de ações a serem levadas, unificadamente, a efeito no próximo ano, globalmente.

Três eixos foram definidos como prioritários nas campanhas para 2017: contra a prática de multi-funções, combate ao arrocho salarial e rejeição às jornadas excessivas.

A 4ª reunião da Aliança Global Walmart, que contou com a participação de delegações de 16 países, foi promovida pela UNI Global Union – Commerce em parceria com a Friedrich Ebert Stiftung – FES.

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Em vigília desde terça-feira (08) em Frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) – juntamente com a CUT/DF, Fetracom/DF e vários sindicatos da categoria – manifestou-se contra a precarização do trabalho promovida pela terceirização. A escolha do local tinha um objetivo: pressionar para impedir que a terceirização sem limites fosse aprovada no julgamento da Corte, que tinha na pauta a avaliação do Recurso Extraordinário sobre a constitucionalidade da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que não permite a terceirização de atividades fim para qualquer empresa. Trabalhadores unidos pela classe Concentrados na Praça dos Três Poderes, diversos dirigentes sindicais se manifestaram contra o Recurso que pede a derrubada da Súmula criada para proteção dos trabalhadores. “Aqui estão presentes comerciários e prestadores de serviços em diversos segmentos para dizer não à retirada de direitos. Por isso, não vamos arredar o pé e contar que a justiça se posicione em favor dos trabalhadores e decida pela manutenção dos direitos conquistados”, comentou Luis Saraiva (Luizinho), coordenador da sede da Contracs em Brasília. Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT e diretor da Contracs, Valeir Ertle, o trabalho dos dirigentes nos bastidores do STF foi positivo. “Visitamos vários gabinetes apelando aos ministros que não votem uma matéria que não é de competência do Supremo. Também nos antecipamos e enviamos um pedido em que a CUT e a ANAMATRA pedem o adiamento e, para o bem dos trabalhadores, a pauta não foi decidida neste julgamento”, comemorou. As lideranças sindicais aguardam que os representantes dos trabalhadores no Congresso Nacional reformulem a lei e criem a Norma Regulamentadora, estabelecendo os limites da terceirização. Ao final do dia, a presidente do STF, a ministra Carmen Lúcia, deu por encerrada a sessão sem colocar o tema em votação. O julgamento, portanto, foi adiando e somente na próxima quarta-feira (16) será publica a data de uma nova sessão do Supremo para abordar o assunto. A Contracs, mais uma vez, segue acompanhando toda a tramitação. Além disso, a confederação luta pela equiparação dos direitos entre trabalhadores diretos e terceirizados e para evitar que decisões de efeitos nocivos venham pairar sobre a classe trabalhadora.
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