sexta-feira, dezembro 13, 2024

Garantir a integração latino-americana e discutir o plano de emergência são destacados como desafios fundamentais na atual conjuntura brasileira

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“Nós temos dois desafios fundamentais: garantir a integração latino-americana e discutir com a sociedade um plano nacional de emergência que mostre que temos alternativas reais para os problemas que temos porque o neoliberalismo se apresenta como a única saída, mas não é.” destacou Selma Rocha da Fundação Perseu Abramo durante a análise de conjuntura nacional e internacional da 3ª Plenária Nacional da Contracs.

Selma Rocha afirmou que o atual governo brasileiro é não só neoliberal como irresponsável e corrupto, que produz uma constituição de privilégios e inconsequente. Segundo ela, esse governo fará com que o Brasil volte a ter uma legião de miseráveis, pois o Governo Lula não só aumentou o salário mínimo, mas combateu a pobreza com uma busca ativa pelos pobres. “A pobreza leva as pessoas para o gueto, à desmoralização social e isso é que estamos vendo voltar para o mapa do nosso país nos rincões e estamos vendo voltar a fome.”

Ao finalizar, Selma pontuou que é necessário que o país volte a investir em obras públicas, não permita a aprovação da reforma da previdência e salve o pré-sal para garantir a nossa soberania.

Para João Felício, da CSI, o Brasil vai precisar fazer uma profunda reforma tributária se quiser ter recurso para resolver seu problema de pobreza e oferecer politica social. Para ele, o sistema tributário brasileiro atual é perverso com quem é pobre, pois faz com que eles paguem mais. Os ricos, afirmou, pagam pouco e sonegam muito. “A distribuição de renda passa por isso, mas precisamos fazer essa discussão com a sociedade.”

Ao falar da sindicalização em todo o mundo, o dirigente afirmou que ela é baixa em todo o mundo, cerca de 3% a 5%. “Os países escandinavos são o único lugar em que a organização sindical não é atacada devido ao modo de vida que eles construíram e estabeleceram.” Ao falar sobre a situação da Colômbia, onde os sindicalistas são sistematicamente assassinados, João Felício questiona: como a juventude vai querer se sindicalizar? Para o dirigente, é preciso inovar a ação sindical para atrair a juventude.

Na parte da tarde, a 3ª Plenária Nacional debaterá a nova legislação trabalhista e a reforma da previdência e mercado de trabalho e as novas estratégias para a ação sindical.

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