A demissão de milhares de trabalhadores e trabalhadoras já seria inaceitável noutros tempos, imaginemos agora, em plena pandemia, onde a taxa de desocupação já assola o país
A Contracs/CUT vem a público solidarizar-se aos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil que estão sob ameaça de demissão com o desmantelamento da instituição, anunciado na última segunda-feira (11).
As medidas publicadas envolverão, ao todo, 870 unidades pelo país. Além do fechamento de boa parte delas, diversas agências terão suas funções reduzidas e outras tantas serão transformadas em postos de atendimento eletrônico, acarretando na demissão de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
Além dos 5 mil bancários e bancárias que correm o risco de ficar sem seus empregos, a confederação acha por bem esclarecer que outras categorias também perderão seus postos de trabalho. São vigilantes, bombeiros civis e trabalhadores em limpeza e conservação que provavelmente serão dispensados, chegando a um número alarmante de desempregados.
Tal situação já seria inaceitável noutros tempos, imaginemos agora, em plena pandemia, onde a taxa de desocupação já assola o país.
Lamentavelmente, o desmonte do Banco do Brasil, considerado o maior banco da América Latina, só comprova a ineficiência de um governo entreguista, subjugado ao capital financeiro, que apenas atende aos interesses do mercado, principalmente dos bancos privados.
Também alertamos sobre os riscos de retirar do povo brasileiro esse importante instrumento de crédito para a agricultura, indústria, comércio e pessoas físicas, afunilando ainda mais a nossa economia e impulsionando o país à bancarrota.
Finalmente, a Contracs alerta quanto à urgência de uma reação da sociedade, entidades de classe e trabalhadores e trabalhadores contra o esfacelamento do Banco do Brasil, visando sua privatização.
Julimar Roberto
Presidente da Contracs/CUT
