sexta-feira, dezembro 13, 2024

Contracs defende prioridade de comerciários na vacinação contra Covid-19

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Entidades que representam a categoria a nível nacional e nos estados já se articulam para entrar com uma ação junto ao Ministério da Saúde requerendo o direito à imunização prioritária

A inclusão da categoria comerciária entre as prioritárias para a imunização contra o coronavírus foi tema de reunião entre o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço, Julimar Roberto, e dos dirigentes capixabas Rodrigo Oliveira Rocha e Jeam Carlos Vieira Cabidelle. Rodrigo é presidente da Fetracs-ES e do Sindicomerciários-ES, e Jeam também atua no sindicato como secretário de Finanças e Administração.

Desde o início da pandemia, há um ano, a categoria comerciária sempre esteve na linha de frente do contágio. Mesmo com lockdowns e toques de recolher adotados em alguns estados, os trabalhadores do comércio e serviço precisaram continuar trabalhando para preservar seus empregos, principalmente aqueles que atuam nos serviços essenciais.

Mesmo com todo o risco que correm, esses trabalhadores e trabalhadoras não foram lembrados nas etapas de prioridade da vacinação e, durante essa onde vermelha que assola o país, eles permanecem obrigados a continuar expostos e sem nenhuma previsão de serem vacinados.

Por conta disso, as entidades que representam a categoria a nível nacional e nos estados já se articulam para entrar com uma ação junto ao Ministério da Saúde requerendo que o direito à imunização prioritária seja reconhecido.

“São pais e mães de família que estão sendo expostos diariamente, como numa roleta russa. E como se não bastasse o perigo de contágio no posto de trabalho, também se arriscam no trajeto de casa até o serviço e vice-versa, já que a maioria se utiliza de transporte público”, relatou o presidente da Contracs, Julimar Roberto.

O dirigente também se referiu à dualidade da situação. “Por um lado, somos imprescindíveis e não podemos parar nossas atividades, por outro, somos ignorados quando caímos doentes e abandonados à própria sorte”, disse.

O presidente a Fetracs-ES alertou quanto às vidas que estão sendo ceifadas sob a desculpa de “salvar a economia”.

“Diariamente, perdemos trabalhadores para a Covid-19, enquanto que o governo e empregadores continuam nos tratando como se fôssemos invisíveis. Temos relatos de comerciários que são obrigados a trabalhar mesmo com sintomas, coagidos para não perder os empregos”, lamentou Rodrigo.

O debate continua com outros estados, a fim de municiar a confederação com dados suficientes para uma intervenção junto ao Governo Federal.

Proteção nunca é demais

No encontro, os sindicalistas do Espírito Santo entregaram à direção da Contracs um Kit de Proteção à Covid, composto por álcool em gel, máscara, caneta para uso individual e uma necessaire para armazenar produtos de higiene pessoal.

Iniciativa positiva do Sindicato dos Comerciários do Espírito Santo, os kits estão sendo distribuídos a todos os filiados do estado.

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