sábado, outubro 5, 2024

Desafios, luta e resistência marcam o Dia da Trabalhadora Doméstica

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Direção da Contracs homenageia essas trabalhadoras históricas, cujo valor social é inestimável para o desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira

Nesta terça (27), comemoramos o Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica e a direção da Contracs-CUT gostaria de homenagear essas trabalhadoras históricas, cujo valor social é inestimável para o desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira.

A luta política dessa categoria serve de inspiração de vida e de resistência na caminhada por direitos, cidadania e justiça social, principalmente em tempos tão difíceis quanto os vivenciados atualmente.

Infelizmente, as trabalhadoras domésticas são particularmente vulneráveis na crise do coronavírus, seja nos transportes públicos a caminho do trabalho, ou em contato com os filhos dos patrões que não se abstêm das “baladas” e aglomerações. Vale recordar o caso do primeiro óbito por Covid-19 no estado do Rio de Janeiro, quando uma trabalhadora doméstica de 63 anos, que prestava serviço no Leblon, veio a óbito após contrair a doença da patroa que havia chegado de viagem da Itália.

Além da exposição sistemática a riscos de contaminação sem poderem se isolar, a situação piora com o auxílio emergencial vergonhoso que está sendo pago no país e que deixa desamparada as mais de 6 milhões de trabalhadoras da categoria.

Sim, são tempos difíceis. Mas não podemos negar os avanços da categoria nesses anos de luta. Como a PEC da Doméstica, aprovada pelo Congresso Nacional em 2012, por proposta do governo Dilma, passando a valer em 2013 e regulamentada em 2015. E, mais recentemente, o destaque apresentado ao PL 1011/2021, pela deputada federal Benedita da Silva, que busca incluir as trabalhadoras domésticas como prioritárias no Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19. Tudo isso é fruto da organização da categoria que se recusa a permanecer de cabeça baixa frente ao jugo patronal.

Portanto, é isso que temos a comemorar: essa força que brota a cada novo amanhecer, quando elas se levantam, antes mesmo do sol, para mais um dia de labuta. Chega a ser redundância chama-las de guerreiras, mas nos dá muito orgulho poder caminhar lado a lado com essa categoria que é pura resistência.

Direção da Contracs-CUT

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