sexta-feira, outubro 11, 2024

Bolsonaro e a MP da escravidão

Leia também

Em seu novo artigo no site Brasil 247, o presidente da Contracs-CUT, Julimar Roberto, repudia as tentativas de Bolsonaro de escravizar a classe trabalhadora

Desde que assumiu o governo, Bolsonaro ataca a classe trabalhadora. Ele tem um problema pessoal, intrínseco, contra quem trabalha que me faz perguntar se será devido ao fato de nunca ter trabalhado na vida.
Sempre do lado do empresariado, coisa que também nem deveria por nunca ter empreendido nessa encarnação, o presidente da República sempre se mostrou fã das relações trabalhistas norte-americanas, onde os patrões entram com o pé e os empregados com a b…
Na base do “vai que cola”, no início da semana, o Governo Federal assinou a Medida Provisória (MP) 1.099. Trata-se de uma nova versão da encalhada ideia da Carteira Verde Amarela e do Programa de Prestação de Serviço Social Voluntário rechaçado pelo Senado no ano passado.
A nova sandice cria o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário, onde jovens e pessoas com mais de 50 anos poderão ser contratados sem vínculo empregatício ou direito algum e, ainda, recebendo apenas um “auxílio financeiro”, um pífio agrado.
Num país com 14 milhões de desempregados, uma proposta como essa é aviltante e ofensiva. Bolsonaro e sua corja afetaram tanto o adulto produtivo que o relegaram a condição de desalentado. Bem aos moldes de verdadeiros vampiros, sugaram os sonhos e esperanças de quem almejava um trabalho digno ou está se preparando para ingressar no mercado de trabalho.
Sim, sanguessugas da nação são incompetentes demais para resolver o caótico cenário que eles mesmos instauraram no país, relegando o Brasil de volta ao mapa da fome e esfacelando nossa economia que já foi a 6ª no mundo.
É passado o momento de dizermos não e lutarmos para impedir a escravização da nossa juventude que precisa trabalhar devido ao empobrecimento das famílias, mas merece oportunidades decentes, com garantia de condições dignas de trabalho e respeito a seus direitos. E também renegarmos a subcontratação de homens e mulheres que muito já contribuíram com sua produtividade para o desenvolvimento de nossa sociedade e não deveriam precisar se submeter a esse novo formato de escravidão.
Mais que nunca, precisamos riscar Bolsonaro da política brasileira junto com seus asseclas no Congresso Nacional. Somente assim, expurgando esse governo elitista, excludente e repressivo, poderemos retomar o caminho do desenvolvimento, pois nosso país não suporta mais quatro anos de retrocessos.
*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT”
spot_img

Últimas notícias